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sábado, 26 de novembro de 2011

SETOR MILITAR URBANO DE BRASÍLIA

Com enorme espaço verde, a quadra dos generais é a mais nobre do SMU Fechado com grades e guaritas, espaço tem ainda árvores frutíferas e animais, como pavões 
Renato Alves
Publicação: 20/11/2011 08:59 Atualização: 

No setor reservado a generais, moram também oficiais assistentes, todos coronéis: quadra mais nobre e privativa (Gustavo Moreno?CB/D.A Press)
No setor reservado a generais, moram também oficiais assistentes, todos coronéis: quadra mais nobre e privativa

Como todo o Plano Piloto, o Setor Militar Urbano também é feito de siglas.. Só que, além dos pontos cardeais seguidos de números, as quadras residenciais apontam as patentes dos responsáveis por cada casa. Há a QRO (Quadra Residencial de Oficiais), a QRS (Quadra Residencial de Sargentos), e a QRG (Quadra Residencial de Generais). Esta última, a mais nobre e privativa.


Toda fechada por grades e com guaritas, a QRG fica entre as duas principais vias do SMU, em uma enorme área verde, ocupada por 14 casas de 210m² cada. São sete residências para generais e familiares e outras sete para os seus oficiais assistentes — todos coronéis. Devido à imensidão e à pequena ocupação, a QRG é conhecida como Fazendinha entre os militares. Apelido justificado também pela grande quantidade de árvores frutíferas e a presença de animais, como pavões.


Vizinhos à QRG estão o clube dos oficiais, a Poupex e seu teatro, e o Oratório do Soldado. O clube tem tudo de um centro de lazer do tipo. Ele, inclusive, aceita sócios civis, desde que indicado por um militar. Nos fins de semana, como nos demais clubes de Brasília, famílias se reúnem ao redor das churrasqueiras. Já o teatro é um dos mais novos e modernos da capital. Tem 649 lugares e um palco de 230m², com muito conforto, acessibilidade e equipamentos de luz e de som de última geração. Suas atrações são, eventualmente, abertas à toda a comunidade.


Embora lembre um templo católico, o Oratório do Soldado serve a todas as religiões. Além do salão principal, com púlpito e bancos, ao redor do Oratório ficam salas menores, destinadas a credos diferentes. No salão principal, imagens e crucifixos são colocados e retirados de acordo com a celebração e a orientação religiosa. “Aqui, fazemos casamentos, batizados, missas para enfermos, independentemente da religião. Estamos abertos, inclusive, a toda a comunidade de Brasília”, explica o terceiro-sargento e diácono Leonardo Moreira, 46 anos.
Militar desde 1985 e religioso há oito anos, ele é o administrador do Oratório do Soldado. Por ser casado e integrar a Igreja Católica, o diácono não pode ser um padre, mas está autorizado a fazer quase todas as celebrações de sua religião. Moreira mora com a família na vila militar do Cruzeiro. Devido à proximidade com o SMU, costuma ir a pé ou de bicicleta ao trabalho.

Pontos turísticos


Como toda cidade, o SMU tem atrações turísticas. A mais visitada é a Praça Cívica do Quartel-General do Exército. Mais conhecida como Praça dos Cristais, ela conta com 12 lagos e peixes ornamentais — 4 mil filhotes de carpas coloridas, 400 integrantes adultos da mesma espécie e 100 mandis, esses escolhidos por ajudarem na limpeza dos reservatórios. Uma obra-prima do paisagista Burle Marx, autor de outros famosos jardins de Brasília, como os do Palácio do Itamaraty.


O nome informal vem das esculturas de pedras que adornam a praça. Durante duas décadas, a obra do arquiteto e do paisagista ficou escondida. O resgate começou em 2007, após uma pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) chamar a atenção para a proposta original do lugar. Ela descobriu que os poços, então cobertos por terra, abrigaram, no início de Brasília, lindos lagos artificiais. O trabalho de revitalização dos 102 mil metros quadrados da Praça dos Cristais terminou em 2009, recuperando todo o seu projeto original.


Talvez a imagem mais famosa do SMU seja a da Praça Duque de Caxias, obra em frente à Praça dos Cristais. Assinada por Oscar Niemeyer, parceiro de Burle Marx em vários projetos urbanísticos da capital, ela tem uma concha que simboliza o punho da espada de Duque de Caxias. Por muito tempo, ali foi o palco das autoridades nos desfiles de 7 de setembro. A praça é apenas o portal do conjunto de 10 edifícios que formam o Quartel General do Exército, onde estão muitos dos segredos da instituição, o que o torna um dos lugares mais vigiados e fechados de Brasília.



Nem só de quartéis e homens armados é feito o Setor Militar Urbano Entre os nobres Sudoeste e Noroeste, a área abriga quase 700 privilegiadas famílias, que moram em amplas casas com muito verde ao redor 
Renato Alves
Publicação: 20/11/2011 08:48 Atualização: 

As casas, com até 210 metros quadrados de área construída, têm jardim e quintal, além de calçadas bem cuidadas: jeito de cidade do interior (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
As casas, com até 210 metros quadrados de área construída, têm jardim e quintal, além de calçadas bem cuidadas: jeito de cidade do interior

Imagine morar em uma quadra do Plano Piloto sem congestionamentos de veículos nem qualquer tipo de poluição sonora, com vários acessos, muitas praças com coretos e bancos, quadras poliesportivas e parquinhos preservados, em uma casa com até 210 metros quadrados de área construída, varanda, jardim e quintal amplo. Se não bastasse, sendo possível ir a pé ao clube, à escola das crianças e ao trabalho. Tudo com muita segurança e ainda um hospital de qualidade e atendimento gratuito. Esse lugar existe, mas não está à venda. O nome? Setor Militar Urbano.


Mais conhecido pela sigla, o SMU fica entre o Sudoeste e o Noroeste, onde o metro quadrado custa, em média, R$ 10 mil. O setor abriga uma vila com 635 casas, destinadas apenas a integrantes do Exército e seus familiares. Há ainda dois blocos de dois pavimentos com oito apartamentos cada, só para oficiais solteiros. Gente vinda de todo o país para servir no Quartel-General ou nos nove quartéis vizinhos. Fora do expediente, esses militares e seus parentes, cerca de 2,5 mil pessoas, levam uma vida com qualidade alta até para os padrões brasilienses.


Para se ter uma ideia do conforto, no Plano Piloto não há residências similares às do SMU em termos de privacidade. Diferentemente das casas das asas Sul e Norte e do Cruzeiro Velho, nenhuma residência do setor militar é geminada. Todas, além das largas e muito bem conservadas calçadas na frente e do estacionamento coberto, contam com jardins e quintais. Para ocupar um desses imóveis funcionais, o militar paga um percentual do salário. Em média, R$ 300 mensais. Uma pechincha, se comparado a residências parecidas das áreas nobres de Brasília, onde o aluguel não sai por menos de R$ 3 mil.

Benefícios

Após morarem no Rio de Janeiro, em Jataí (GO), Boa Vista (RR), Campina Grande (PB), Resende (RJ) e Santa Maria (RS), o major pernambucano Geraldo de Barros Cavalcanti Junior, 41 anos, e sua família reconhecem o privilégio de ocupar uma das casas do SMU. “Aqui, a gente se sente como em um condomínio fechado, mas com ele aberto, sem muros”, destaca Alessandra Ribeiro Cavalcanti, 37, mulher do oficial. “Parece cidade do interior, mas dentro de uma capital”, completa Gabriela, 15, filha mais velha do casal, que ainda tem Manoela, 1 ano.


O major Cavalcanti Junior ressalta a tranquilidade de ter a mulher e as filhas por perto. “Aqui, estão nossos amigos, o clube que frequentamos e ainda há espaços para caminhadas. Minha filha estuda no Colégio Militar (902/904 Norte), também muito perto”, comenta. Os Cavalcantis moram em uma casa de 127 metros quadrados, com três quartos, duas salas, dois banheiros, cozinha, dependência de empregada, churrasqueira, garagem, varanda e um quintal com piscina. De lá, se vai a pé ou de bicicleta a um dos dois clubes do SMU.


Outro morador e trabalhador do setor, o primeiro-tenente Edmilson Pêgas de Souza, 48 anos, só troca a bicicleta pela moto, sua paixão. No SMU, não corre tanto risco de ser atingido por carros e veículos pesados, como no restante do Distrito Federal. “Poucos lugares oferecem tanta tranquilidade, segurança e lazer como aqui”, afirma ele, nascido e criado em Manhuaçu (MG), que também já morou com a mulher servindo o Exército no Rio de Janeiro e em Manaus (AM).


Vizinho e colega de quartel do primeiro-tenente Pêgas, o capitão da Polícia do Exército (PE) Rafael de Uzeda Almeida Pinto, 33 anos, também elogia a segurança proporcionada à família no SMU. “Para criança, aqui é maravilhoso. Moro em frente a uma praça e ao lado de uma área verde, onde meus filhos e os vizinhos construíram uma casa em uma árvore”, ressalta ele, nascido em Niterói (RJ). Dos quatro filhos, de 1 a 10 anos, três frequentam a creche Soldadinho de Chumbo e a Escola Classe do SMU (mantida pelo GDF), no Setor Militar Urbano. O mais velho assiste a aulas no Colégio Militar.

Personalidades

Tom Jobim, Cora Coralina, Rubem Braga, Ayrton Senna. As quatro praças do SMU levam os nomes de talentosos brasileiros. Com um coreto ao centro e muitos bancos ao redor, todas têm o cuidado que merecem essas personalidades. Os gramados estão sempre muito bem aparados. Não há buracos nas calçadas nem meios-fios quebrados. Muito menos pichações ou qualquer outro sinal de vandalismo. Quase permanentemente, os espaços públicos contam com um soldado da Polícia do Exército (PE) fazendo ronda.


Os militares da PE também organizam o trânsito no SMU, com intenso movimento somente por volta das 8h e das 17h dos dias de semana, horários de começo e fim de expediente dos quartéis. Nas unidades do Exército do Setor Militar Urbano trabalham cerca de 15 mil pessoas. Já a casa dos oficiais e outros prédios do Exército no SMU são mantidos por um batalhão de 821 homens e mulheres da Prefeitura Militar de Brasília. O contingente conta com bombeiros hidráulidos, engenheiros, pintores, marceneiros entre outros profissionais, civis e militares. “Cuidamos da manutenção estrutural dos imóveis”, explica o major Everaldo Simões Gomes Júnior, chefe da seção de pessoal da Prefeitura Militar.


Diferentemente do que alguns possam pensar, o SMU não é uma área de segurança nacional. Os acessos são restritos nos quartéis. Mas todas as vias, praças e quadras residenciais do setor são públicas, por isso a iluminação, o esgoto, a água e a pavimentação desses espaços ficam a cargo do Governo do Distrito Federal. Sendo assim, qualquer um pode transitar pela vila. No entanto, é uma liberdade vigiada. Pessoas estanhas aos militares estão sujeitas à abordagem dos soldados da PE. A colocação de guaritas para o controle do acesso à vila, com identificação de todos os não moradores, está sob análise do Comando Militar do Planalto. No entanto, tal medida esbarra em questões jurídicas, justamente por se tratar de espaços públicos.

Fonte: Correio Braziliense

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