Gleisi Hoffmann Integridade e Competência |
INICIATIVA POPULAR, ESSE É O CAMINHO
O Brasil é um país de grande contraste social. A distribuição de renda é desigual, sendo que uma pequena parcela da sociedade é muito rica, enquanto grande parte da população vive na pobreza e miséria. Embora a distribuição de renda tenha melhorado nos últimos anos, em função dos programas sociais, ainda vivemos num país muito injusto.
O deficit habitacional é grande no Brasil. Existem milhões de famílias que não possuem condições habitacionais adequadas. Nas grandes e médias cidades é muito comum a presença de favelas e cortiços. Encontramos também pessoas morando nas ruas, debaixo de viadutos e pontes. Nestes locais, as pessoas possuem uma condição inadequada de vida, passando por muitas dificuldades.
Embora o Brasil seja nominalmente uma república presidencialista, na prática funciona como uma monarquia absolutista, com uma “Corte” repleta de “cortesãos” com privilégios altamente diferenciados e quase sempre hereditários. Há eleições, mas a regras do jogo favorece tão abertamente a "nobreza política" que é quase impossível provocar uma mudança através das urnas. Lula por exemplo, só conseguiu se eleger e governar, porque aderiu ao sistema fisiológico reinante.
Não há no mundo, povo algum, que tendo uma classe política tão privilegiada, esteja sobrevivendo com migalhas tão minguadas do PIB e com um salário básico tão reduzido, que equivale realmente a uma situação de escravidão. Não há país no mundo que tendo uma carga fiscal tão elevada, consiga gastar tudo (e mais um pouco que toma emprestados), com o custeio da máquina sem que sobre um centavo sequer para investimentos públicos em infra-estrutura.
O descontentamento com a classe política é, como sabemos, generalizado. Basta consultarmos algumas pesquisas sobre o grau de confiança em nossas instituições políticas para constatarmos essa realidade.
Pra quem ainda não sabe, o Congresso Nacional é o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as funções do Poder Legislativo, quais sejam, aprovar leis e fiscalizar o Estado Brasileiro (suas duas funções típicas), bem como administrar e julgar (funções atípicas). O Congresso Nacional é bicameral, sendo composto por duas Casas: o Senado Federal, integrado por 81 senadores, que representam as 27 Unidades Federativas (26 Estados e o Distrito Federal), e a Câmara dos Deputados, integrada por 513 deputados federais, que representam o povo. Todos os Estados e o Distrito Federal têm o mesmo número de representantes (três senadores), independentemente do tamanho de suas populações; já na Câmara dos Deputados, o número de representantes de cada Unidade Federativa varia conforme o tamanho da sua população (Estados mais populosos, como São Paulo, chegam a eleger 70 deputados, ao passo que os menores, como o Acre, elegem 8).
Os políticos brasileiros param de trabalhar duas vezes ao ano. Assim como os estudantes, eles têm férias no verão e no inverno. E em ano de eleições, como este, o recesso de julho é apenas o começo de um longo período em que as casas legislativas ficam vazias. Como não são punidos por faltarem ao trabalho, os parlamentares passam boa parte do tempo em que deveriam estar trabalhando fazendo campanha eleitoral, no chamado "recesso branco".
Recentemente, foi veiculado na mídia o esforço de alguns homens íntegros e coerentes, alguns integrantes do Ministério Público, em por fim a algumas regalias recebidas por todos os parlamentares. Trata-se de um antigo privilégio que lhes é concedido rigorosamente todo ano, a título de ajuda de custo, popularmente conhecida como “auxílio paletó”, “verba de enxoval” ou “14º e 15º salários”, que cai na conta dos parlamentares duas vezes ao ano, a primeira em fevereiro e a segunda em dezembro. Cada uma delas equivale a um salário do parlamentar, atualmente no valor de R$ 26.700. Como só no Congresso possui 594 parlamentares, o custo total para os cidadão contribuintes é de R$ 15.859.800. Não nos esqueçamos que pelo efeito cascata, os deputados estaduais e vereadores também gozam de benefícios semelhantes aos dos colegas de Brasília. No entendimento do Ministério Público, a ajuda de custo é desprovida de fundamento legal e fere o princípio da moralidade administrativa. Por envolver tema relativo ao pagamento de agentes públicos, o Ministério Público acredita que o assunto deveria ser disciplinado por lei, e não por norma regimental, como ocorre atualmente.
Historicamente, o reforço no contracheque foi adotado para permitir aos deputados a renovação de seu guarda-roupas. Quando virou chacota nacional, mudou de nome e objetivo – virou ajuda de custo “para compensação de despesa com transporte e outras imprescindíveis para o comparecimento à sessão legislativa ordinária ou à sessão decorrente de convocação extraordinária”. Segundo o Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social (braço do Ministério Público que combate improbidade e corrupção) essa verba é “absolutamente indevida, lesiva ao patrimônio público e flagrantemente atentatória ao princípio da moralidade” e que “o auxílio paletó, na realidade, possui todas as características de verdadeira verba remuneratória”.
Além do salário e das verbas para trabalho, os parlamentares têm a seu dispor um pacote de benefícios para uso pessoal, como moradia e cobertura de gastos médicos e odontológicos. Deputados podem aderir ao plano dos servidores da Casa ou pedir reembolso de serviços particulares, sem limite de valor. Senadores também não têm limite para gastos médicos deles, do cônjuge e dos dependentes. Há ainda uma verba de quase 26.000 para despesas odontológicas e psicoterápicas.
Um projeto em tramitação no Senado quer acabar com a ajuda de custo que parlamentares recebem todo começo e final de ano.
Um projeto em tramitação no Senado quer acabar com a ajuda de custo que parlamentares recebem todo começo e final de ano.
Segundo a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o pagamento, conhecido como 14º e 15º salários, é anacrônico. A senadora afirma que o pagamento só fazia sentido quando os meios de transportes eram mais difíceis e parlamentares ficavam todo o ano legislativo na capital. "Hoje, os membros do Congresso Nacional têm a possibilidade de retornar à sua base eleitoral a cada semana, não se justificando, há muito, a manutenção do pagamento", diz a senadora na justificativa do projeto protocolado semana passada.
Hoffmann afirma, no entanto, que os deputados e senadores devem receber esse pagamento no começo e no final de cada legislatura. Os 14º e 15º salários são considerados uma ajuda de custo. Pagamento semelhante é feito aos funcionários públicos que são obrigados a mudar de cidade. Recentemente os parlamentares tiveram aumento de 62%, o que retira o argumento de que esses mais dois salários são uma forma de complementar a remuneração.
Outra proposta de Hoffmann é acabar com os senadores tampão que assumem durante o recesso. "Não há razão para permitir a posse de senadores durante os períodos de recesso, quando não há atividades na Casa", diz a senadora.
Entenda as regras do recesso parlamentar no Brasil, saiba como ele funciona nas casas legislativas do exterior e o conheça os mecanismos do recesso branco:
1. O que é e como funciona o recesso parlamentar? O recesso é um período em que os parlamentos interrompem suas atividades funcionais. É como os 30 dias de férias que os trabalhadores têm por ano, só que os parlamentares normalmente acompanham as férias escolares – ou seja, aproveitam o recesso tanto em dezembro e janeiro como também em julho. |
12. É possível fazer algo contra o pagamento de salário durante o recesso branco? Sim. O inciso LXXIII, do artigo 5º, da Constituição Federal prevê que "qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência" (ver também Lei 4.717/65). Com base nisso, é possível entrar com uma ação tanto contra o parlamentar que está recebendo dinheiro público sem trabalhar como contra o parlamento que está infringindo seu próprio regimento. (Fonte: http://veja.abril.com.br) |
Cidadãos brasileiros, diante de tudo isso, vamos aderir ao MANIFESTO DA REFORMA DO CONGRESSO, em tramitação. Dentre seus quesitos mais significativos destaco:
1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá aposentadoria proveniente do mandato.
2. O Congresso contribui para o INSS. Todo a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.
3. Congresso deve pagar seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
4. Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário.
5. Congresso perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.
6. Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem ao povo brasileiro.
7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira. Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.
8. Passa a ser obrigatório o voto aberto dos congressistas.
SAIBA O QUE É INICIATIVA POPULAR:
Se cada internauta repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem. A hora para esta emenda na Constituição é JÁ.
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"O que me preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons."(M.L.King)
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