MÍDIA ALTERNATIVA VIRTUAL DE COMPARTILHAMENTO E REPASSE DE INFORMES E NOTÍCIAS QUE PODEM INTERESSAR À CLASSE MILITAR E AFINS
BEM VINDO
Bem vindo! Este blog tem por fim compartilhar notícias que, talvez, podem ser interessantes aos leitores. Sem tomar partido algum, a intenção aqui é meramente repassar informes sobre assuntos diversos veiculados na mídia, dentro do princípio de auxiliar com oportunidade. Cabe a cada qual, no uso do bom juízo e senso crítico, investigar a fonte e a veracidade das postagens. Os artigos aqui postados foram compilados da "internet" e não refletem necessariamente as ideias ou opiniões deste blogueiro. "Examinai tudo. Retende o bem (Ts 5:21)."
Pra quem não tomou conhecimento oportunamente, recentemente o Ministério Público expediu recomendação ao Comandante do Exército por meio do Ofício nº 147/12-PJM/SM (publicidade governamental em uniforme militar) visando não permitir que os militares da Força de Pacificação do Rio de Janeiro sejam obrigados a usar a cobertura azul com as logomarcas da administração dos Governos Federal e do Estado do Rio de Janeiro.
General Adriano Pereira Junior - Cmt do CML
Segundo o promotor de justiça Soel Arpini, autor do Ofício de recomendação supracitado, o Comandante Militar do Leste relatou que ele próprio determinou a colocação das logomarcas das administrações dos governos Federal e do Estado do Rio de Janeiro nos gorros da tropa. Quando indagado a esse respeito, alegou "entender ser tal questão de somenos importância". Ora, se algum militar mais esclarecido se recusasse a usar tal gorro, será que o Comandante agiria com tanta condescendência? Precisou o Ministério Público intervir para que a norma legal, inclusive do próprio Exército, fosse observada? "patere legemquam fecisti"
Mais uma excelente atuação do nosso Fiscal da Lei. Atualmente o Ministério Público é o nosso último baluarte, fazendo jus à sua integridade e profissionalismo, no combate diuturno e incansável aos desmandos perpetrados por agentes públicos.
E sobre o papel desse egrégio Ministério encontramos na obra "Direito e Democracia", in verbis:
"Se Montesquieu tivesse escrito hoje o Espírito das Leis, por certo não seria tríplice, mas quádrupla, a divisão de poderes. Ao órgão que legisla, ao que executa, ao que julga, um outro acrescentaria ele: o que defende a sociedade e a lei perante a Justiça, parta a ofensa de onde partir, isto é, dos indivíduos ou dos próprios poderes do Estado." (O Papel do Ministério Público. São Paulo: Cortez, 1984. p.10-11.VALLADÃO, Alfredo. Op. cit., In: MARQUES, J. B. de Azevedo. Direito e Democracia - )
Leia o Ofício do promotor de justiça Soel Arpiniaqui.
A propósito, o Capitão-de-Fragata Eduardo Augusto Wieland (acima e à direita) atualmente Encarregado do Centro de Jogos de Guerra, fez uma resenha do livro O USO POLÍTICO DAS FORÇAS ARMADAS e outras questões militares, de autoria do Promotor de Justiça João Rodrigues Arruda. Vejamo-la:
“O Dr. João Rodrigues Arruda é promotor da Justiça Militar. Serviu ao Exército no período de 1957 a 1985, tendo ingressado como soldado e ido para a reserva, a pedido, no posto de primeiro-tenente. Mestre em Direito e diretor acadêmico do Centro de Estudos de Direito Militar, foi professor por dez anos de Direito Penal Militar. Em 2002, concluiu o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia, da Escola Superior de Guerra.
Clique aqui para acessar o livro
O livro apresenta questões polêmicas e que passam ao largo das discussões de nossos políticos e de nossa sociedade. O autor teve rara felicidade ao mencionar e sustentar argumentos sobre temas que despertam o interesse militar e deveriam suscitar o interesse geral da 'sociedade civil'. Ao longo de seus doze capítulos, cada qual independente, são abordados os seguintes assuntos: a procura de políticos e empresários em incitar os militares a tentar a derrubada de governos, a disciplina e hierarquia e as associações de praças e clubes de oficiais; a busca pela Justiça Comum e as opiniões pública s das associações e clubes; a legalidade dos Regulamentos Disciplinares; o habeas corpus par a militares; a Operação Tabatinga; a legalidade constitucional e a banalização do emprego das Forças Armadas no combate ao crime organizado; o uso das Forças Armadas como 'jogo político' dos governantes; e a submissão do Brasil ao Tribunal Penal Internacional.
O autor defende suas opiniões em cada tema baseando-se em sua experiência jurídica. Opiniões estas que mesmo dentro do espectro jurídico encontram barreiras e controvérsias, como a questão do habeas corpus nas punições disciplinares e da constitucionalidade no emprego das Forças Armadas com o polícia. A oportunidade de termos um membro do Ministério Público Militar escrevendo e opinando sobre assuntos que nos interessam diretamente é de grande valia para que possamos nos aprofundar no autoconhecimento e no ambiente que nos cerca. Portanto, considera-se mui to importante para os comandantes de unida desconhecerem os assuntos abordados e terem a oportunidade de conhecer as razões de determinados assuntos hoje em pauta.
Defensor da participação intensa do Congresso e Senado, bem como de toda a sociedade, na discussão de temas militares, o autor conclui: 'Definitivamente, o uso político das Forças Armadas não pode ficar subordinado aos interesses circunstanciais de políticos e generais.' E ainda, quanto à aceitabilidade do recurso às vias legais para o trato disciplinar, 'pode-se afirmar que os militares aceitam o uso político da instituição, mas não o controle político legal.' Pelos assuntos polêmicos abordados, este livro merece uma análise mais acurada por parte das Forças Armadas e, com certeza, serve à finalidade de uma preparação melhor de seus comandantes para l idar com as questões apresentadas. Em breve, eles poderão estar sendo chamados a discutir com a sociedade temas que, ao longo de nossa história, deixaram, equivocadamente, de entrar na pauta das discussões politico-estratégicas mais relevantes.”
Temos uma Petição Pública da AVAAZ, solicitando do governo, através o Ministério do Planejamento, as providências necessárias para incluir no Orçamento Geral da União, verba destinada a reparar as perdas acumuladas, conforme determina a Constituição Federal Art. 37, inciso X.
Por omissão à Lei, milhares de famílias militares estão endividadas no empréstimo consignado, nos cheques especiais e nos cartões de créditos. Consequentemente estão passando privações e constrangimentos, por falta de recursos.
Para apresentar a Petição ao Ministério do Planejamento, contamos com a solidariedade de todos os brasileiros, já que toda família teve, tem ou terá, um ou mais membros, servindo às Forças Armadas.
Assinar a Petição é fácil e rápido. Para acelerar o processo de assinaturas, peço que reenvie este e-mail. Obrigado pela ajuda. Saúde e paz. Sarides Freitas
Reivindicar um direito não é crime! Só queremos o que a inflação nos tomou!
Todo brasileiro que tenha recursos para isso está autorizado e solicitado desde já a reproduzir este aviso e fazê-lo publicar no órgão de mídia de sua preferência, assim como a divulgá-lo por quaisquer outros meios ao seu alcance. Preservado o Teor e a Fonte.
COMENTO:
Estamos lutado pelos nossos direitos. Já que nossos chefes são OMISSOS.......
A proposta popular com mais de 300 MIL votos apoiando a discussão no SENADO do REAJUSTE para os MILITARES das Forças armadas.
Quarta-feira passada, dia 30 de maio, recebemos um email informando que um , identificado como J.Batista havia proposto no Senado a discussão sobre a remuneração dos militares. No dia anterior, 29 de maio, o Senado havia divulgado que militares se manifestavam por telefone e e-mail pedindo revisão dos soldos, (VEJA AQUI A NOTíCIA no SENADO).
Após o recebimento do email e verificação no portal do Senado publicamos a notícia sobre a petição, informando sobre a oportunidade para todos os militares da ativa e reserva se manifestarem, exercendo seu direito de cidadania. Recebendo a informação de fonte diferente o site montedo.blogspot.com parece ter sido o a publicar a , seguido pelo nosso (http://sociedademilitar.com) por Portal Militar (militar.com.br) e aperoladomamore.net, que são os sites mais acessados pelos militares das Forças Armadas. Após isso a informação se espalhou como rastilho de pólvora, em poucas horas, de 17:00 da tarde de 30/05 (quarta) até oito da manha do dia seguinte a proposta acumulou mais de 14.000 apoios, e terminou o dia com o surpreendente de 43 mil apoios, estava iniciada a batalha. As duas horas da tarde de sexta-feira (01/06), pouco menos de 24 horas após o público militar tomar conhecimento do fato, já haviam mais de 60.000 apoios no site do SENADO.
É uma proposta simples, não tão elaborada, lógica e inegavelmente direta, feita por uma pessoa comum, provavelmente um inativo. Sem citar leis e referências legais o pequeno texto expressa exatamente o que passam os militares nesse momento. "Não há aumento há mais de onze anos e a classe se vê obrigada a fazer empréstimo consignado para sobreviver e não passar por privações". (VEJA AQUI A SITUAÇÃO FINANCEIRA DOS MILITARES)
Segundo o portal do Senado, a proposta permanece aguardando um número mínimo de 10.000 apoios para ser levada ao presidente da responsável, nesse caso será a Comissão de Rel. Exteriores e Nacional. Porém, nesse episódio inusitado, em que uma proposta alcançou quase 300.000 votos em seis dias (cerca de 2080 votos por hora, ou 34 por minuto), os militares crêem que o assunto vai ser levado logo a discussão.
“A que receber 10.000 (dez mil) assinaturas durante seu prazo de publicação será encaminhada para a Comissão Parlamentar correspondente, que, avaliando a pertinência da proposta, deliberará sobre a conveniência e oportunidade de sua realização”.
Os parlamentares certamente levarão em consideração que os militares dificilmente se mobilizam em uma ação desse tipo, o que significa que a questão é realmente preocupante. Diante da crise internacional e dos eventos esportivos que serão realizados no país a sociedade não pode conviver com uma crise institucional causada pela insatisfação de mais de 600.000 militares (ativa e reserva) com o governo federal.
Nos últimos meses o governo tem acumulado crises com os militares. A reprimenda aos clubes militares, o conseqüente manifesto dos oficiais da reserva, e declarações de vários generais da reserva são apenas alguns dos capítulos da relação “complicada” do governo com os militares das forças armadas brasileiras.
Apesar de saberem que as propostas para reajuste tem de partir do executivo, os militares apostam que podem forçar o governo a pelo menos rever a questão, já que estes alegam que vêm acumulando perdas salariais há vários anos. Segundo informações do site sociedademilitar.com, somente em 2011, com inflação de cerca de 6%, os militares graduados perderam em poder de compra cerca de R$ 200,00 mensais.
Vídeo usa cena da série 'Todo mundo odeia o Chris' para fazer sátira
POR MARCO AURELIO REIS
Rio - Começou a circular vídeo montagem em que Chris (da série “Todo Mundo Odeia o Chris”) é vítima de chacota por anunciar que o aumento dos militares sai segunda. Trata-se de nova pressão pelo reajuste.
ESCRITO POR SAULO DE TARSO MANRIQUEZ | 23 JUNHO 2012 ARTIGOS - GLOBALISMO
Diversos grupos e diversas ONGs que participaram da Rio+20 estão imbuídos da mentalidade da Nova Era e, de forma clara, aderiram à espiritualidade e àeducação gaiana. A educação gaiana, aGaia Education, é um projeto global que tem por escopo capacitar pessoas para a "sustentabilidade".
Noartigo anterior afirmei que a Rio+20 é um evento inserido na agenda da Nova Ordem Mundial, a qual propõe uma espiritualidade anticristã, o abortismo, a supressão gradual das liberdades civis e da soberania dos Estados. No presente artigo procurarei apresentar mais fatos e informações a respeito.
1.Construindo uma nova espiritualidade
Os construtores da Nova Ordem Mundial sabem que não podem abolir as religiões da face da Terra. O apelo à transcendência está presente em todas as sociedades humanas. Para contornar essa impossibilidade, os planificadores globais promovem a nova religião, a chamadaNova Era.
A Nova Era não é propriamente uma religião, mas tão somente um simulacro de religião, que se apropria indevidamente de elementos de diversas tradições religiosas e os mistura com um discurso pretensamente “científico” e com técnicas psiquicas, mantras, programação neorolinguística e autoajuda. Trata-se de uma “religião” biônica e universal criada em laboratório com vistas a suprir a demanda religiosa durante a construção da Nova Ordem Mundial. Em tempo hábil, a Nova Era será descartada, mas enquanto isso não acontece, ela servirá como um pano de fundo religioso legitimador dagovernança global. A Nova Era precede o pesadelo tecnocrático e científico de Aldous Huxley em o Admirável Mundo Novo.
A Nova Era não é uma “religião” institucionalizada, com um corpo coeso de doutrinas e ritos, ela é ummovimento e, enquanto tal, já possui - por força dos inúmeros grupos, seitas e submovimentos que para ela concorrem - certa autonomia, ou seja, já se apresenta como um simulacro suficiente de religião nesses tempos de materialismo cafona e conta com número significativo de adeptos.
Contudo, a Nova Era ainda precisa parasitar as grandes tradições religiosas, ou para corroê-las por dentro ou para fisgar novos adeptos à nova espiritualidade global.
Engana-se quem pensa que a Nova Era limita-se a parasitar as filosofias e as religiões orientais e as crenças animistas. Na atual etapa, a Nova Era é usada para forjar a unificação das religiões e para isso se infiltra também nas religiões do ramo semítico, mormente no Cristianismo[1].
A construção de uma “religião” global passa pela promoção de um ecumenismo indecente entre as tradições religiosas e pelo resgate de mitos antigos como o mito deGaia.
Por meio daHipótese de Gaia James Lovelock, um dosfounding fathers do aquecimentismo antropogênico[2], não apresentou somente uma hipótese científica pela qual se considera a Terra um ser vivo em busca de seu autoequilíbrio, mas também resgatou o mito deGaia, a Terra, ou Mãe Terra, mito esse que veio a ser usado no bojo da nova espiritualidade da Nova Era.
NaTeogoniade Hesíodo, Gaia é uma divindade, umapotestade oudivindade originária[3].
Pode-se dizer que o culto a Gaia serve a uma concepção panteísta de Deus. No entanto, nesse culto a própria ideia de Deus acaba sendo deixada de lado, pois o que se cultua não é um suposto deusna natureza, imanente, mas anatureza em si: diviniza-se a natureza.
O culto a Gaia se presta a dois fins imediatos: além de romper com a noção de transcendência, acaba por suprir a demanda feminista por umsagrado feminino.
A noção de transcendência que se perde é a noção de que existe um Deus criador, que embora também seja imanente, está para além do tempo, além do mundo e de sua criação. Ao se perder essa noção, o homem deixa de se sentir umacriatura que tem sua própria relação com o transcendente. Na linguagemnew ager ou somos todos deuses ou somos uma massa celular compactada regida quase que exclusivamente por reações bioquímicas e ou por “energias”[4]. O próprio Deus - quando permitem falar Dele - é reduzido a uma mera energia.
Entretanto, essa perda deixa um vácuo que precisa ser preenchido por uma transcendência artificializada. É por essa razão que os movimentosnew agers se valem de correntes místicas e esotéricas ou pseudo-esotéricas das mais diversas com o fito de promover uma suposta “iluminação”.
A Nova Era é tida como a era do “novo tempo”, aEra de Aquários, a Erapós-cristã.
E qual é a relação da Rio+20 com essa história?
Só com uma olhada rápida e descuidada é difícil identificar com clareza a relação da Rio+20 com a Nova Era. No entanto, quando se vai um pouco mais a fundo a relação começa a se tornar evidente.
Diversos grupos e diversas ONGs que participaram da Rio+20 estão imbuídos da mentalidade da Nova Era e, de forma clara, aderiram à espiritualidade e àeducação gaiana. A educação gaiana, aGaia Education, é um projeto global que tem por escopo capacitar pessoas para a "sustentabilidade". No Brasil, a educação gaiana é promovida pelaONG Terra UNA. AGaia Educatione seusrepresentantes brasileiros estão na Rio+20.
Mas o que mais evidenciou a relação da Rio+20 com a Nova Era foi aCúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, que foi
“um evento organizado pela sociedade civil globalque acontecerá entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro – paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), a Rio+20”[5].
Na Cúpula dos Povos foi montanda uma Tenda chamadaGaia Home, na qual froam realizados rituais que mostraram bem a nova espiritualidade que orienta a Rio+20.
Dança da Paz na Rio+20
Não se pode dissociar essas iniciativas notoriamente religiosas, ou melhor, pseudo-religiosas, com as atividades daURI (United Religions Initiative), que é hoje um tentáculo da ONU. No entanto, ações as quais dá suporte são observadas desde o século XIX, visando, em nome da tolerância e pluralidade religiosa, neutralizar a influência das grandes religiões; o principal alvo é o cristianismo, bem como fortalecer idéias como o controle populacional, uma “ética global” coletivista, e reduzir as religiões à mera militância em prol “de um mundo melhor”, ao mero ativismo social.
O livro deLee Penn, False Dawn, traz praticamente tudo o que é necessário saber a respeito da URI, e logo se percebe porque eventos como a Rio+20 são como são.
A nova espiritualidade global é uma espiritualidade sem Deus; é uma espiritualidade onde não há pecado, nem pecadores, mas tão somente semi-deuses “iluminados” e “libertos”, partícipes da ”nova consciência universal” definida de antemão pelos novosConcílios Ecumênicos, formados pela ONU e pelas ONGs (cujos líderes são como patriarcas que representam a massa dos fiéis da sociedade civil global).
2.Aborto para a sustentabilidade
A legalização do aborto por todos os cantos do mundo é um dos objetivos mais caros da agenda da Nova Ordem Mundial.
O aborto em escala global é defendido e patrocinado por diversos atores da Nova Ordem Mundial (ONU[6], OMS[7], Fundação Ford[8], etc.).
A defesa do aborto por ONGs visa dar a impressão de que é a sociedade que almeja a prática “sustentável” do aborto.
Essa postura das ONGs na Rio+20 não deve causar espécie. As ONGs globalistas, muito bem financiadas por fundações bilionárias, estão fazendo o que foram pagas para fazer; estão atendendo, pavlovianamente, ao chamado de seus senhores.
Doravante, já se pode falar em “aborto verde”, “aborto sustentável” ou, quiçá, “bioaborto”.
3. “Governança Mundial”
A soberania dos Estados é um óbice para a construção de uma Nova Ordem Mundial e de um Governo Mundial. Os globalistas não se cansam de criar estratégias para superar o conceito “retrógrado” de soberania. Em novilíngua, é preciso “avançar”...
O globalismo de cepa ocidental é sofisticado, sedutor, e forjado com muita paciência. Esse globalismo não é propriamente uma novidade[10], no entanto, sua efetiva articulação é mais recente.
Da década de 1950 para cá é possível se constatar o fortalecimento e a aceitação do discurso globalista. Contudo, a propositura de um Governo Mundial propriamente dito só surge na década de 1990[11].
Para tornar palatável a ideia de um Governo Mundial os globalistas inventaram a expressão eufemística “Governança Global”.
Como tentáculos da Nova Ordem Mundial, asmelancias totalitárias reunidas na Rio+20 promovem abertamente a dita “governança global”.
Os mentores do governo mundial viram na questão ambiental um meio eficaz para legitimar a criação de um poder global centralizado. Para tanto, exploram-se até a exaustão problemas transfronteiriços (p. ex.: chuva ácida, questão dos refugiados ambientais, etc.) e ou regionais com vistas a transformá-los em problemas globais que demandam soluções globais. Assim, foram elaborados uma série de documentos enfatizando a “necessidade” de umaGovernança Global para se proteger o meio ambiente e se promover o desenvolvimento sustentável.
Porém, antes de defenderem enfaticamente um Governo Mundial os planejadores globais destacaram a importância de haver uma Organização Mundial para o desenvolvimento sustentável. Assim, em 2002, o relatórioInternational Sustainable Development Governance.The Question of Reform: Key Issues and Proposals da Universidade das Nações Unidas já defendia a centralização política da questão ambiental na World Environment Organisation (WEO).
Na esteira desse relatório foram elaborados outros relatórios: em 2008, o International Institute for Sustainable Development (IISD) publicou um texto chamadoGovernança Ambiental Global: Quatro Passos para Coerência segmentada: Uma Abordagem Modular e em 2010, o Instituto Fritjof Nansen publicou o relatórioInternational Environmental Governance; também 2010 o Stakeholder Forum elaborou, já visando a Rio+20, o Artigo de Discussão 1: Governança Internacional para o Desenvolvimento Sustentável e Perspectiva Iniciais para Rio +20.
Superada a fase preparatória, os globalistas já se permitem falar emGovernança Global sem, contudo, os usuais e limitantes subtítulos. Nesse sentido, merecem destaque asPropostas Para uma Nova Governança Mundial, as quais foram elaboradas tendo em vista a Conferência Rio+20[12]. Dentre as propostas vale destacar a instituição de um Tribunal Internacional do Meio Ambientee aconstituição de uma força armada mundial independente dos Estados.
Por fim, merece destaque o textoCaminhos e Descaminhos para a Biocivilização disponibilizado peloPortal Rio+20. O texto propõe uma transformação no paradigma civilizatório no sentido de se criar umaBiocivilização. O textofala em “desprivatização da família”, critica uso de carros, manifesta indignação com os sistemas de segurança e vigilância dos prédios e condomínios (vistos como meios de exclusão social), traz apropriedade privada intelectual como um elemento “negador de humanidade”,defende que o “princípio da propriedade individual da terra” deve ser posto radicalmente em questão e, por fim, defende “o diálogo intra e inter movimentos que permita sínteses novas combinando tudo o que significa o bem viver dos povos indígenas,com o cuidado das feministas(???), o conhecimento compartilhado das plataformas do software livre e do copyleft, da agroecologia e economia solidária, sem contar o que vem da ecologia profunda e a ética ecológica”. O diálogo entre os diversos “sujeitos coletivos” é tido como “um novo modo de fazer política”; um “mosaico dinâmico e de múltiplas possibilidades da nascentecidadania planetária”.
4. Declaração final da Rio+20 – “The future we want”
A declaração final da Rio+20,The future we want, por ser uma declaração oficial, adota, ardilosamente, um tom leniente. A Declaração, de forma estratégica e sedutora aponta a necessidade de se erradicar a pobreza, coloca o ser humano no centro do desenvolvimento sustentável e reafirma a importância da liberdade, da segurança, do estado de direito e dos direitos humanos, dando assim, a impressão de que se trata de um evento voltado tão somente para resolução de problemas e para a valorização da vida humana. Isso é só estratégia discursiva.
A Declaração Final da Rio +20 reafirma os princípios da Rio 92 e osplanos de ação anteriores, ou seja, reafirma a agenda novordista que a precedeu. Destarte, traz novamente o discurso da necessidade e urgência de se enfrentar as mudanças climáticas e, alinhada com as propostas anteriores de redução da população mundial, enfatiza a promoção do planejamento familiar e dos direitos sexuais e reprodutivos de mulheres e jovens:
Reafirmamos nuestro compromiso con la igualdad entre los géneros y la protección de los derechosde la mujer, los hombresy los jóvenes a tener control sobre las cuestiones relativas a su sexualidad, incluido el acceso a la salud sexual y reproductiva,y decidir libremente respecto de esas cuestiones[…].
A defesa dosdireitos sexuais e reprodutivosdas mulheres é uma forma sofisticada de se promover a agenda abortista.
Quanto à promoção de direitos sexuais aos jovens, vale dizer que há aí a tentativa de retirar a autoridade dos pais sobre seus filhos. O objetivo é fazer com que os jovens exerçam, precocemente e sem quaisquer impedimentos, a sexualidade. Eis aí uma aplicação concreta da “desprivatização” da família.
Ademais, a Declaração reconhece a importância internacional da expressão “Mãe Terra” (“Madre Tierra”).
Conclusão:Tal como Hitler, Stálin e Mao, as melancias totalitárias propõem um novo homem e uma nova civilização.
A Rio+20 não é um evento espiritualmente neutro, afinal a ONU não é, e a existência da URI é prova disso. Ela está alicerçada num projeto que visa construir uma nova espiritualidade global.
Nessa espiritualidade, o ser humano é colocado no mesmo plano das galinhas e das árvores. Na Nova Era, a morte de um ser humano é análoga a uma espinha que estoura, ao furúnculo que é expelido. É por isso que as ONGs defenderam o aborto como uma prática sustentável. Matar bebês no ventre de suas mães, nesses tempos de duplipensar, não éviolência é “não violência”, épaz.
Os biocidadãosnew agersse postam contra as guerras e promovem uma cultura de “paz” e “não violência”, o que parece ser uma coisa bonita, pois afinal, quem é que gosta de guerra, dor e sofrimento? Contudo, a sustentabilidade new ager, “gaiana”, não dispensará o uso da força para se impor. Um exército mundial certamente será o braço armado da solução ambiental global que marchará contra os povos, as religiões e os Estados não dispostos a se prostrar perante um poder temporal, global, ilegítimo e antidemocrático.
A despeito de eventuais propostas bem intencionadas e razoáveis, a Rio+20 é um evento enraizado numa cosmovisão desumanizadora e totalitária.
O espetáculo de bom mocismo e engajamento cidadão da Rio+20 é falsa luz é falsa paz. É a paz sem Deus; é a paz da Nova Ordem Mundial; é a paz do Governo Mundial.
Notas:
[1]Para se ter uma ideia do grau de infiltração da Nova Era dentro do Cristianismo – e também no Judaísmo, diga-se – basta notar que há uma organização chamadaNational Religious Partnership for the Environment,uma coalisão inter-religiosa que envolve judeus, católicos, protestantes e ortodoxos emtorno da “causa” do meio ambiente. Já háquemdenuncie que a organização está tentando inculcar nas pessoas o culto a Gaia. Outro exemplo trágico é aCampanha da Fraternidade de 2011, cujohino oficialchama a Terra de “Nossa mãe” e, incorporando plenamente o conceito de Gaia trazido por Lovelock, diz que a Terra é uma “criatura viva” que “respira, se alimenta e sofre”.
[2]Recentemente James Lovelock admitiu que suas projeções alarmistas estavam equivocadas.
[3]Cf. HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. São Paulo: Iluminuras, 2007.
[4]Eric Voegelin provavelmente enxergaria esse processo como um processo de“rebaixamento da substância de ordem dologos, na hierarquia ontológica, para o nível das substâncias orgânicas e dos impulsos”(VOEGELIN, Eric.Bases morais necessárias à comunicação numa democracia. Caderno de Ciências Sociais Aplicadas, Curitiba, n. 5, 2002, p. 09-10).
[10]Kant,em seu opúsculo dedicadoÀ Paz Perpétua, já propunhanosegundo artigo para a paz perpétuaque “o direito internacional deve fundar-se em umfederalismode Estados livres”, o “Estado dos povos, que por fim viria a compreender todos os povos da terra”[11]. Ora, o “Estado dos povos”, de todos eles, reunidos sob um “federalismo de Estados livres”, em uma ordem internacional só pode significar uma Federação Mundial que demanda necessariamente umGoverno Mundial(Cf.KANT, Immanuel. À paz perpétua. Porto Alegre, RS: L&PM, 2008, p. 31 e 36).
[11]Um dos primeiros discursos abertos e, por assim dizer, “oficiais” (no âmbito da ONU), no sentido de se construir um Governo Mundial é o texto de Jan Tinbergen encontrado noHuman Development Report 1994.Nesse texto Tinbergen diz: “Mankind’s problems can no longer be solved by national governments. What is needed is a World Government. This can best be achieved by strengthening the United Nations system” (UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Human development report 1994.Disponível em:http://hdr.undp.org/en/media/hdr_1994_en_chap4.pdf).