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sábado, 18 de fevereiro de 2012

CARNAVAL DO BRASIL


A ligação do jogo do bicho com outros crimes está nas páginas de jornais e processos judiciais. Bicheiros são acusados de pagar policiais para deixa-los “trabalhar em paz”, mandar matar quem tenta invadir suas áreas, subornar integrantes do Poder Judiciário, aliar-se ao narcotráfico e às máfias internacionais, para contrabandear, por exemplo, caça-níqueis e armas e, finalmente, sonegar impostos, conseqüência natural desse tipo de contravenção. Conheça algumas das histórias de crimes envolvendo o jogo do bicho no Brasil: 
• Em junho de 2007, a operação Hurricane II da Polícia Federal prendeu os vários pessoas acusadas de serem bicheiros, estabelecidos no Rio de Janeiro, como Aniz Abraão David, o AnísioAilton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães; e Antônio Petrus Kalil, o Turcão, juntamente com juízes e policiais. Estes foram acusados de receber propinas mensais daqueles para manter, além das bancas de bicho, caça-níqueis e bingos, também considerados jogos de azar e proibidos no Brasil. Os valores das propinas, segundo as investigações, variariam de R$ 3 mil a R$ 30 mil mensais.


• Em São Paulo,  Ivo Noal estaria no comando do jogo do bicho há anos. Preso várias vezes acusado entre outras coisas de formação de quadrilha e sonegação fiscal, Noal, conseguiu habeas-corpus em 2005, e a Polícia suspeita que ele continua controlando as casas de jogo do bicho do Estado, apesar de negar. Sua suposta fortuna, em 2005, estava avaliada em R$ 2,8 bilhões. Ao contrário do Rio de Janeiro, onde há vários líderes da contravenção, Noal reinaria absoluto em São Paulo. O bicheiro também já foi suspeito de mandar matar em 1984, Marcus Santoro, sobrinho do bicheiro carioca Raul Capitão, no bairro da Lapa, em São Paulo. Santoro estaria tentando infiltrar seu grupo no jogo paulista e acabou sendo morto. Por falta de provas, Noal foi absolvido da acusação. 
• Castor de Andrade, considerado o maior bicheiro da história do Rio de Janeiro, teria criado um verdadeiro império da contravenção. Filho do também bicheiro Eusébio de Andrade, Castor teria herdado as bancas do pai e ampliado-as. Sua fama era de um purista, que não desejava misturar jogo do bicho com outras contravenções, mas houve várias acusações de homicídio, contrabando de armas e tráfico de drogas envolvendo seu nome. Preso e depois solto, Castor morreu em 1997 de ataque cardíaco. Seus pontos de jogos de bicho e caça-níqueis teriam sido divididos entre o sobrinho Rogério Andrade  e o genro Fernando Ignácio, mas a partilha não teria agradado os herdeiros que teriam começado uma briga sangrenta pelos pontos de jogos, com pelo menos uma dezena de mortos. A briga teria envolvido inclusive casas de jogos de bicho de outros estados como a Bahia.
• Em 1993, a então juíza Denise Frossard decretou a prisão de 14 líderes do jogo do bicho no Rio de Janeiro. Além de Castor de AndradeTurcão eAnísio (presos novamente em 2007), Luisinho Drummond estavam entre os acusados. Todos acabaram soltos depois. Drummond, por exemplo, teria aumentado seus domínios para o Norte e Nordeste. Seu sobrinho foi preso, em 2006, organizando a instalação de máquinas de caça-níqueis em Belém do Pará. Fonte: http://pessoas.hsw.uol.com.br


Turcão



Guimarães


Castor de Andrade














Anísio
Noal
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Carnaval e futebol são o bicho
Se o jogo do bicho é popular no Brasil, Carnaval e futebol são duas paixões nacionais indiscutíveis. E as ligações entre bicheiros, sambistas e futebolistas são históricas e intrínsecas. Só para ficar nos exemplos citados nessa página, Anísio é ex-presidente da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, Capitão Guimarães é presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro e Luisinho Drummond é patrono da escola de samba Imperatriz Leopoldinense e ex-vice-presidente de futebol do Botafogo. Até o paulista Ivo Noal tentou e conseguiu se eleger diretor do Corinthians, apesar de ter ficado pouco tempo.
Castor de Andrade foi o bicheiro que entrou na história como um dos que mais deixava explícita suas ligações com futebol e carnaval. Patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, Castor de Andrade foi também presidente de honra do Bangu, conseguindo o título de campeão carioca em 1996. Seu carisma e poder lhe deram uma aura de “bom moço” entre seus protegidos que até hoje é lembrada com ênfase em Bangu, como prova o site oficial do Bangu Atlético Clube.
Protegidos pela aclamação popular do carnaval, os bicheiros foram freqüentemente homenageados pelas escolas de samba. Em 1973, por exemplo, Anísio teria financiado o desfile da Beija-Flor, já sob a mão criativa do carnavelesco Joãozinho Trinta, que preparou um luxuoso desfile para o samba-enredo “Sonhar com rei dá Leão”.

Em 1993, poucos meses antes da juíza Frossard mandar prender 14 bicheiros, Castor de Andrade desfilou tranquilamente na Mocidade Independente de Padre Miguel e fez ainda questão de discursar contra a perseguição das autoridades que estavam em curso contra ele e seus “colegas de trabalho”.


Saiba como surgiu o “Jogo do Bicho” e quem são os maiores bicheiros do Brasil


Há muito tempo o jogo do bicho tem sido motivos de muitas polêmicas. Entre esses motivos, a sua legalidade. Porém, o Portal VOOZ reabre essa discussão em busca de respostas.  O que existe por trás desse jogo secular?

O site da UOL revela que o jogo do bicho começou na Vila Isabel (Rio de Janeiro), quando o Barão de Drummond no dia 4 de julho de 1892, visando aumentar os lucros do seu zoológico que estava em baixa, criou um jogo no qual o visitante comprava uma entrada e poderia escolher um dos 25 bichos de seu parque.
Segundo o site, o barão listou 25 animais existentes no espaço e lançou o jogo, estipulando quatro números para cada bicho, que formam as dezenas de 00 a 99. Esse critério é usado até hoje.

Naquela época, a imprensa e a alta sociedade carioca festejaram a novidade que o barão criou para atrair mais gente ao seu jardim zoológico, que tinha também restaurante, hotel e outros passeios. Um ambiente propício para atrair sua clientela.

Com o tempo, os fiscais da lei começaram a apontar ilegalidade no jogo duas semanas após a inauguração do jogo. Segue abaixo informações publicadas num jornal da época:

"Ao Dr. 2º delegado dirigiu ontem o Dr. Chefe de Polícia o seguinte ofício: 

No empenho de procurar atrair concorrência de visitantes ao Jardim Zoológico, solicitou o seu diretor para certo recreio público licença, que lhe foi concedida pela polícia, em vista da feição disfarçadamente inocente que da simples primeira descrição do divertimento parecia se deduzir. Entretanto, posta em prática essa diversão, se verifica que tem ela o alcance de verdadeiro jogo, manifestamente proibido. Os bilhetes expostos à venda contêm a esperança puramente aleatória de um prêmio em dinheiro, e o portador do bilhete somente ganha o prêmio, se tem a felicidade de acertar com o nome a espécie do animal que está erguido no alto de um mastro. 

Esta diversão, prejudicial aos interesses dos encantos, que com a esperança enganadora de um incerto lucro se deixam ingenuamente seduzir, é precisamente um verdadeiro jogo de azar, porque a perda e o ganho dependem exclusivamente do acaso e da sorte.  Como semelhante divertimento não pode por mais tempo ser tolerado, e conquanto maior fundamento quanto é certo que muitas queixas me têm sido dirigidas pelas pessoas lesadas, assim intimarei ao diretor do Jardim Zoológico para que suspenda imediatamente a continuação do aludido jogo, sob pena de ser processado na conformidade dos arts. 369 e 370 do código penal."

O Tempo, 23 de julho de 1892


LIGAÇÕES PERIGOSAS

A ligação do jogo do bicho com outros crimes estão nas páginas de jornal e de vários processos judiciais. Bicheiros são acusados de pagar policiais para deixá-los “trabalhar em paz”, mandar matar quem tenta invadir suas áreas, subornar integrantes do Poder Judiciário, aliar-se ao narcotráfico e às máfias internacionais, para contrabandear, por exemplo, caça-níqueis e armas e, finalmente, sonegar impostos, conseqüência natural desse tipo de contravenção. Conheça algumas das histórias de crimes envolvendo o jogo do bicho no Brasil.

OPERAÇÃO HURRICANE II

Nos arquivos do Portal “O Globo”, dia 26/04/2007, informa que a Operação Hurricane (Furacão, em inglês) foi desencadeada pela Polícia Federal no dia 13 de abril, numa sexta-feira, em quatro estados - Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Distrito Federal, que levou à prisão 25 suspeitos de envolvimento em uma rede de corrupção e de tráfico de influência, que beneficiaria a máfia do jogo.

O portal Globo publicou na época a operação que resultou na prisão de várias pessoas, entre elas: o desembargador José Eduardo Carreira Alvim, o presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-RJ); Ricardo Regueira, também do TRF do Rio; e Ernesto da Luz Pinto Dória, do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas (SP); e o procurador regional da República João Sérgio Leal Pereira e outros suspeitos. Ao todo, foram cumpridos 70 mandados de busca e apreensão na operação, considerada pela Polícia Federal como a maior de combate à corrupção já realizada no Brasil.

 No Rio de Janeiro,  a operação prendeu Aziz Abraão David, o Anísio; Ailton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães; e Antônio Petrus Kalil, o Turcão, juntamente com juízes e policiais. Estes foram acusados de receber propinas mensais daqueles para manter, além das bancas de bicho, caça-níqueis e bingos, também considerados jogos de azar e proibidos no Brasil. Os valores das propinas, segundo as investigações, variariam de R$ 3 mil a R$ 30 mil mensais.

Em São Paulo, o bicheiro Ivo Noal é filho e neto de bicheiros. O tamanho de seu império é avaliado de forma diferente por causa do órgão da imprensa. Um fala em 40% do jogo em São Paulo, outro em 60%, um terceiro em 80%. Seja como for é o principal bicheiro do estado. Segundo algumas fontes ele controla mais de cinco mil pontos.  

Preso várias vezes, Ivo foi acusado de formação de quadrilha e sonegação fiscal, Noal, conseguiu habeas-corpus em 2005. Em várias pesquisas que realizamos, Ivo Noal continua controlando as casas de jogo do bicho do Estado, apesar de negar para a polícia e a imprensa.

Sua suposta fortuna, em 2005, estava avaliada em R$ 2,8 bilhões. Ao contrário do Rio de Janeiro, onde há vários líderes da contravenção, Noal reinaria absoluto em São Paulo.

Em 1984, Ivo foi acusado de ser suspeito de matar Marcus Santoro, sobrinho do bicheiro carioca Raul Capitão, no bairro da Lapa, em São Paulo, segundo informações do portal “O Globo”. Santoro estaria tentando infiltrar seu grupo no jogo paulista e acabou sendo morto. Por falta de provas, Noal foi absolvido da acusação.

Outro bicheiro temido e considerado o maior da história chama-se: Castor Gonçalves de Andrade e Silva ou Castor de Andrade (foto ao lado) como era conhecido. Ele criou o maior império da contravenção. Era filho do também bicheiro Eusébio de Andrade, Castor teria herdado as bancas do pai e ampliado-as.

Até hoje a disputa pelo império de Castor de Andrade, o bicheiro mais poderoso do Brasil, continua produzindo cenas de violência 14 anos depois de sua morte. Em abril de 2010, Diogo Andrade, 17 anos, neto de Castor de Andrade, morto num atentado cinematográfico na quinta-feira 8/04/2010, no Rio de Janeiro. O Motivo? Disputa pelo espólio da família.

Castor de Andrade tinha fama de boêmio, porém, detestava misturar jogo do bicho com outras contravenções. Durante toda sua vida sofreu várias acusações de homicídio, contrabando de armas e tráfico de drogas.  

Seus pontos de jogos de bicho e caça-níqueis teriam sido divididos entre o sobrinho Rogério Andrade e o genro Fernando Ignácio, mas a partilha não teria agradado os herdeiros que teriam começado uma briga sangrenta pelos pontos de jogos, com pelo menos uma dezena de mortos. Segundo pesquisas desse jornalista, a briga teria envolvido inclusive casas de jogos de bicho de outros estados como a Bahia.

Em suma, a briga do jogo do bicho tem muitas similaridades com a Máfia Siciliana (na Itália), a Cosa Nostra (Itália/EUA  e Austrália), a Yacusa (no Japão) ou  máfia Colombiana. Atualmente, elas operam em todos os continentes e se metem em todo tipo de negócio.

LEGALIZAÇÃO DO BICHO

Há várias tentativas de voltar a tornar legal o jogo do bicho. Algumas vantagens podem surgir da legalização do jogo. As loterias oficiais, por exemplo, têm parte do valor arrecadado destinado a projetos sociais. Além disso, tiraria milhares de pessoas que trabalham como banqueiros do jogo do bicho da informalidade e os sorteios poderiam ser mais transparentes. Outra clara vantagem seria tirar o estigma da violência do jogo.

Existem vários projetos de leis tramitando no Congresso Nacional solicitando a legalização do jogo de sorteio diário do bicho. Em 2007, o projeto de lei 04652/1994, do deputado federal José Fortunati, que previa a regulamentação do jogo. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania estava à frente da ação.

 O governo federal, no entanto, tem ampliado a repressão ao jogo do bicho e outros jogos de azar como o bingo ou as máquinas de caça-níqueis. Para tristeza daqueles que adoram fazer uma ‘fezinha’.

Contudo, a pergunta segue:   quem será que ganha com tudo isso? Será que é só o bicheiro? Pois o jogo continua leve, livre e solto.

Fonte: http://www.vooz.com.br

"Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que frequenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles." (Adam Parfrey )


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