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domingo, 2 de outubro de 2011

DESABAFO DE UM VELHO SARGENTO


Senhores, perdoem-me o desabafo, mas, na minha opinião, os sargentos que não concluíram até hoje o ensino superior é porque de fato dedicaram-se inteiramente ao serviço do Exército. Esses militares sempre foram o esteio da instrução militar, inclusive tapando furo, segurando serviço, pegando as ditas "boca-podre" (Pelopes, Suopes, Uopes, etc) no lugar daqueles que viviam pedindo pro Cmt Cia dispensa pra estudar, assistir aulas na faculdade, fazer provas, etc. Eu mesmo cansei de de tirar serviço, ir pro campo, pegar instrução de última hora porque alguns companheiros universitários postulões iam chorar com o Comandante. "Não há como servir bem a dois senhores." Infelizmente, o bom sargento, o dito "pica-fumo", tropeiro, operacional, pau-pra-toda-obra, ficou relegado, espezinhado, e o praça que hoje tem um diploma universitário é considerado abnegado e super-esforçado.

Eu bem me lembro à época em que muitas vezes em que pedi, fui preterido para trabalhar em alguma das seções dos Batalhões de Infantaria, onde sempre servi, em benefício de sargentos universitários, sob este mesmo pretexto, mas acabava sendo designado para o Pelopes por anos, depois Adj Pel, Sgte, depois Enc Mat, depois Sgte novamente, depois Enc Mat de novo e depois Sgte..., e sempre nessas mesmas funções. Perdi as constas das vezes que flagrei (mas nunca dedurei) sargentos com papiro da faculdade na mão, no bolso, nos exercícos de campo, nas oficinas de rastejo e progressão diurna e noturna, até no EDL, totalmente distraído e indiferente à situação, "cag..." pra execução do exercício feita pelos soldados, enquanto o “mané” aqui, “sifu” de verde e amarelo, vivendo a situação, com profissionalismo.

Sargentos universitários, que bom, que ótimo (já pensou, um exército de bacharés e doutores, sem "lavradores"?). Dedicação ao estudo e aprimoramento pessoal? Que lindo, que maravilhoso... mas vamos prestar atenção no serviço, né!! Eu sei que há “n” exceções (pasmem! malgrado este texto, eu sou uma delas), mas a maioria quase que absoluta, não merece ser vista como se tivesse se esforçado mais que os outros sargentos pra conseguir um diploma superior. Isso pra não falar dos insubstituíveis de Brasília (deles, os cemitérios estão cheios) e outros "ratos" de salas refrigeradas. Agora, senhores, eu pergunto: hoje o exército tira algum proveito da formação desses sargentos “ladrões de grau”? Não, preferem criar um concurso e curso de "habilitação", ignorando o falta de preparação (não intencional) daqueles que preferiram dedicar-se apenas ao seu ofício, para o qual estavam sendo pagos. Por quê? porque não acredita na formação extra-muro do sargento que é bacharel e, consequentemente, na instituição que o formou, mesmo sendo a USP, UNICAMP, etc, entretanto, confia piamente num oficial temporário com seis meses de curso de formação, e sem ainda ter concluído o curso superior; porque não acredita que os seus sargentos ao longo dos seus 25 anos de efetivo serviço, em média, auxiliando e substituindo (costumeiramente) oficiais (inclusive, não muito raro, até o posto de 1º tenente), tenham tido a capacidade de apreender e assimilar as funções que por tantos anos vivenciaram e desempenharam a contento. Dizem que o CHQAO é uma previsão legal, mas, o devido processo legal, a liberdade de associação e de expressão, e o direito de personalidade também o é, no entanto.... SGT EB

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