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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A CULPA É DOS POBRES?


                           Dizer que o povo tem o governo que merece, é simplificar demais a questão. Típico de quem tem a visão limitada pela própria ignorância e preconceito. Culpar os eleitores da parcela pobre da população pela corrupção e sofrível situação política do país é o mesmo que culpar uma criança por tropeçar no tapete da sala ou atravessar sozinha uma avenida movimentada. 

 Segundo o Doutor Alberto Carlos Almeida, colunista do Valor Econômico Alguém já se deu ao trabalho de ver qual é o nível de escolarização de Alagoas, que acabou de eleger Collor para o Senado? Alagoas divide com o Piauí o título de Estado com a escolaridade mais baixa do Brasil. Nada menos do que 73% da população que têm mais de 10 anos não completou o primário. Dá-lhe Renan. Os nove Estados do Nordeste, que elegem 27 senadores, estão entre os 12 mais mal classificados em termos de escolaridade. Estão acompanhados de Rondônia, Pará e Tocantins. O que esperar de um eleitorado que tem escolaridade tão baixa assim? Que punam políticos suspeitos de corrupção? Não. Suas demandas são mais mundanas: melhoria do sistema de saúde, que é um caos, mais segurança pública, eles não têm carro, muito menos blindado, geração de empregos, eles vivem ou no mercado informal ou com a faca no pescoço sob o risco de perder o emprego. É muita demanda mais importante do que combate à corrupção.”

Ora, a investigação de suspeitos de cometimento de crime compete ao Executivo e a punição de políticos corruptos é prerrogativa do Judiciário, não dos eleitores. Estes, não têm meios nem poder para isso. Primeiramente, um político corrupto, ou mesmo suspeito,  não deveria sequer concorrer ao cargo que almeja, e caso fosse pego em corrupção deveria ser imediatamente cassado, processado criminalmente, e exemplarmente punido. 


                     Se os representantes do Poder Público e o sistema legal, com todo o aparato legal que têm, se mostram ineficientes e incapazes de impedir a admissão, ascensão e perpetuação de políticos corruptos ou de encontrar provas cabais para puni-los, não faz sentido esperar que os despossuídos eleitores, ocupados diuturnamente em sobreviver ao dia, o façam. 



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