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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

SARGENTO EB É MORTO POR PM

Sargento do Exército é morto por PM em briga de trânsito em SP
As versões são diferentes. Márcia Maciel, porta-voz da PM, afirma que o sargento acionou o gatilho, mas a munição dele não saiu.
- Ele tentou usar a arma - diz a porta-voz.
O pedreiro Aribaldo Moscarde, que estava com a sogra no carro do sargento, afirma que o policial militar disparou depois que seu amigo já havia baixado a arma.
- Ele falou: "Abaixa a arma que eu abaixo a minha" - contou.
O policial militar foi encaminhado ao presídio Romão Gomes, especial para a corporação, e autuado por homicídio. Na hora do crime, ele estava de folga e portava uma arma pessoal. Por isso, poderá responder por crime comum e ser encaminhado a júri popular.


DIÁRIO DE SÃO PAULO

Militares resolvem briga de trânsito à bala

Discussão rotineira envolvendo soldado da Polícia Militar e um sargento do Exército terminou em tragédia
O sargento do Exército  Jucelino de Souza Dias, 38 anos,  servia às cores da pátria há 20 anos. Integrou a primeira comitiva brasileira da Força de Paz da ONU (Organização das Nações Unidas) responsável pela pacificação do Haiti em 2007. Mas encontrou seu inimigo mais perigoso perto de casa, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Foi baleado quatro vezes pelo soldado da PM Adilson Luiz de Oliveira, 44 anos, em uma briga de trânsito e morreu minutos depois.
A discussão entre fardados começou por volta das 5h30 de ontem. O sargento estava em uma Zafira preta à caminho do quartel, no Ibirapuera, Zona Sul, e dava carona para dois amigos – a empregada doméstica Marinalva da Silva Santos, 62 anos, e o pintor Arivaldo Luís dos Santos, de 33. O policial militar, que estava de folga, também seguia pela Estrada da Gabiroba em sua motocicleta.
A partir desse ponto, as versões são diferentes. Segundo os amigos do sargento, o PM fechou a Zafira várias vezes. Já o soldado diz que o erro foi do militar. As testemunhas confirmam que, independente do começo da briga, os dois homens desceram com armas em punho e continuaram a discutir. Dias não atirou, mas foi atingido no peito, braço e costas pelo soldado Oliveira. Ele chegou a ser levado para o Hospital Geral de Carapicuíba, mas não resistiu aos ferimentos.
Marinalva diz que ainda não entende direito o que aconteceu. Segundo a empregada doméstica, o PM começou a briga, atirou para o alto e perseguiu o carro do sargento. Em sua percepção, ele parecia estar sob efeito de algum tipo de entorpecente. “Ele estava fora de controle, gritava que era polícia e iria atirar”, conta. O sargento, segundo ela, teria descido armado para evitar que as pessoas que estavam em seu carro fossem feridas. Ainda de acordo com Marinalva, o PM tentou fugir do local depois de atirar, mas caiu da motocicleta.
Regiane dos Santos, 37 anos, é  filha da empregada  doméstica e afirma ter sido ameaçada por Oliveira quando acompanhava a mãe no plantão da delegacia central da cidade. “Disse que ele tinha assassinado um pai de família e ele respondeu que estava a 18 passos de me matar também.” Com um boné da ONU, trazido do Haiti pelo filho morto, o aposentado Jorge da Silva Dias. 66 anos, estava inconsolável. “Um homem que mata alguém de forma tão estúpida não é digno de usar farda.”
O soldado Adilson foi preso em flagrante por homicídio doloso e vai ser encaminhado para o Presídio Romão Gomes. A polícia espera os laudos da perícia para concluir se o sargento Dias tentou atirar. Até a noite de ontem, a família não sabia onde o corpo será enterrado.
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