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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

EXCELÊNCIA NO GERENCIAMENTO

PROGRAMA DE EXCELÊNCIA GERENCIAL MILITAR


Um aspirante "peixe", envia um E-Mail a um ex-comandante seu (possuidor do Altos Estudos Gerencial e Estratégico) para dizer que foi promovido a 2º Tenente e que assumiu a Seção de Excelência Gerencial de sua OM. No E-Mail ele conta que, em sua nova função, ganhou o direito também de opinar, nas reuniões de oficiais, sobre o plano estratégico de sua Unidade. Conta, ainda, que recebeu um calhamaço de papel para ler. E, depois de ler uma dúzia de vezes, não entendeu nada. Conta, que não conseguia ver, no Plano Estratégico que recebeu, nada que fosse vagamente parecido com as coisas que aconteciam no dia-a-dia de sua Organização MIlitar. Então, ele pede ao seu ex-comandante ajuda para compreender tal Plano.


E o seu ex-comandante o orienta:


É simples, aspira. Os planos estratégicos são redigidos num idioma diferente, chamado português corporativo. Uma língua tão complicada que nem é falada. É apenas escrita. Para facilitar vou lhe dar quatro exemplos de coisas bem simples que fazemos todos os dias, mas que ganham uma dimensão totalmente diferente quando são escritas em português corporativo.


Primeiro exemplo: Implementar a substituição estratégida de equipamento periférico gerando alto grau de luminosidade adequado ao ambiente criativo. Isso significa trocar a lâmpada do banheiro.


Segundo exemplo: Avaliar as vantagens da implantação imediata de um programa emergencial de governança financeira doméstica balanceada. Ou seja, parar de estourar o cheque especial.


Terceiro exemplo: Estabelecer prioridades energéticas operacionais em detrimento de impulsos que possam redundar em um processo de surplus calórico. Tradução, não comer doces fora de hora.


Quarto exemplo: Esquematizar a agenda de atividades de maneira a criar um gap vital para o atendimento imediato às demandas biológicas essenciais. Em português normal, tirar um cochilo depois do almoço.


Entendeu, aspira? Não se preocupe! Sua Unidade continua a mesma que era antes. Em sua nova função, você apenas ganhou o direito de complicar. Por isso, relaxe e complique, porque, se você mostrar competência para complicar, você logo será promovido a Capitão.


(o texto acima é um sátira adaptada a nossa realidade. O texto original é de autoria de Max Gehringer)

Ouvir

SISFLANEX

- Sgt Pedro, tem alguma coisa cheirando mal aqui. 
– É daqui chefe, o cheiro tá vindo desse ofício cheio de anexos, apêndices e adendos,fotografias e esquemas.
– Do que se trata ?
– Não sei, foi o Cel Risos que deixou aqui. Disse que era o SISFLANEX 
– Risos ? O que serviu aqui dois meses, vindo do exterior e indo para a Presidência ?
– Ele mesmo. 
– É, deve ser importante. Qual é o próximo passo ?
– Passo ?
– É. Passo, ação, missão, processo, atividade, qual é a próxima porra que eu tenho que fazer com esse tal de SISFLANEX ?
 – Bom, tá escrito aqui que é formar o cadastro de operadores até 31 de dezembro.
 – Bom, tem tempo. 
 – Dezembro de 2007. 
 – Caceta, dois anos de atraso.
 – É. 
 – Manda um ofício para todas as Regiões pedindo UU o nome dos operadores. 
 – Só isso chefe? O senhor não vai dizer se tem que ser tenente, capitão ou sargento ? 
 – Eles não sabem ?
 – Eles quem chefe ? 
 – Eles porra, as Regiões. 
 – Não, vai ser o primeiro documento para as Regiões. 
– Tudo bem, depende pra que serve o SISFLANEX. Pra que serve a porra do SISFLANEX do Cel Risos ? 
 – Não sei chefe.
 – Me dê essa bosta, amanhã trago de volta.
 – Amanhã é sábado. 
 – Segunda porra.
 – Segunda o Sr vai fazer a inspeção da 15ª Região. 
 – Cacete, e se perguntarem alguma coisa do SISFLANEX ? Na outra segunda. 
 – Na outra é natal, o Sr vai tá de férias. E eu também. 
 – Então (longa pausa) … tudo bem, depois vejo esta merda. 
Três meses depois 
– Pedro, o SISFLANEX tá cheirando cada vez pior. 
 – É chefe, a gente tem que tirar ele daqui.
 – Faz o seguinte: um ofício circular, UU, para todas as Regiões, pedindo os dados de três oficiais para operar o SISFLANEX. 
 – Qual é o prazo ?
 – Uma semana, uma semana e nem mais um dia. 
Dois meses depois
  – Pronto chefe, fechei a última Região. E agora ? 
 – Você já estudou aquele monte de papel ? 
 – Já, não entendi bulhufas. 
 – Procure o Risos. 
 – Ele disse que se lembrava vagamente que o tal SISFLANEX era baseado num projeto do Exército da Tailândia, alguma coisa com reciclagem, meio ambiente, responsabilidade social, logística, visão prospectiva, benchimarqui, Suplai Tchain Manegementi. 
– Suplai o quê cara ?
– Não sei chefe, não sou habilitado nem em português. 
– Tudo bem. Pela primeira vez em quatro anos, entra o General.
– Risos ligou. Disse que tinha lhe ajudado com alguma orientações sobre o SISFLANEX. 
– É. 
– Quando poderemos despachar ?
– Sobre ? 
– Sobre o SISFLANEX, lógico.
– Segunda tá tudo pronto. 
– Segunda então, 15 e 30. Não, melhor 14 e 20. Não, acho que é melhor logo cedo. Venha às 7. 
 – Sim senhor. Segunda, às 7.
 – Cadê o chefe ? 
 – Tá na física. 
 – Na física ? Ele marcou comigo aqui.
 – É ?! Segunda, às 9. 
 – Volte mais tarde filho, o chefe me chamou. 
 – Sim senhor. A que horas ? 
 – Às 15 e 30. 15 e 30 não, melhor às 17. 
 – Pedro, pede uma viatura pra me levar em casa, o chefe quer despachar às 17. 
 – A garagem falou que só tem o caminhão basculante. 
 – Arrego. Novamente ? Tudo bem. Às 17 
 – Não vai dar filho, volte amanhã. 
Um mês depois. 
 - Sobre o que mesmo você quer despachar ? 
 – O Senhor mandou eu vir despachar sobre o SISFLANEX. 
 – O sistema do Risos ?
 – É. 
 – É. Foi uma pena, excelente oficial, foi ultrapassado. Acontece, são as regras do jogo. 
 – É. 
 – Vamos lá. 
 – Tomou todas as providências ?
 – Sim senhor, todos os oficiais já foram cadastrados. 
 – O sistema é importante !
 – Sim senhor, muito importante. 
 – Quando começaremos ?
 – É só o senhor determinar. Estamos prontos para começar. 
 – As Regiões vão precisar de dinheiro. Quanto temos na tela ?
 – Na 52 tem R$ 47,23. 
 – Não dá nem para um computador. As regiões estão precisando de computador. Não dá para implantar o SISFLANEX sem computador. 
 – Não. 
 – Vou conseguir o dinheiro 
Quatro meses depois. 
 – Chegou o crédito filho. 
 – Crédito ? 
 – É, para o SISFLANEX... 
 – Ah ! – Prepare um ofício circular...
 – General, hoje à tarde é a minha despedida... 
 – Foi transferido filho ? 
 – Não senhor, eu me transferi para a reserva. 
 – Quem vai cuidar do SISFLANEX ? 
 – Tem que ser alguém só para isso. 
 – É. 
 – Alguém que não tenha nenhum outro encargo... 
 – É. – Um PTTC ! 
Quatro anos depois 
– Mas coronel, eu já tentei fazer o “loguin” cinco vezes... 
– Não discuta capitão, EU implantei o SISFLANEX no Exército. 
– Coronel, pra que serve esse tal de SISFLANEX? Aliás coronel, que porra é SISFLANEX? 
 – Tá querendo saber demais pica-fumo. Tente fazer o “loguin” novamente que agora vai. E não esqueça de preencher os formulários até quinta.
Obs.: Colaboração de meu amigo Calazans (F. Maier). 

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