BEM VINDO

Bem vindo! Este blog tem por fim compartilhar notícias que, talvez, podem ser interessantes aos leitores. Sem tomar partido algum, a intenção aqui é meramente repassar informes sobre assuntos diversos veiculados na mídia, dentro do princípio de auxiliar com oportunidade. Cabe a cada qual, no uso do bom juízo e senso crítico, investigar a fonte e a veracidade das postagens. Os artigos aqui postados foram compilados da "internet" e não refletem necessariamente as ideias ou opiniões deste blogueiro. "Examinai tudo. Retende o bem (Ts 5:21)."



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

RECADO PARA TEERÃ



 (Jim Watson/AFP)

Recado para Teerã
13 Dez 2011

Barack Obama recebe o premiê Nuri Al-Maliki, confirma que os últimos soldados americanos deixarão o país até o fim do ano e adverte "outros países" a não aproveitarem a retirada para exercer influência

Enquanto se desenha o fim da guerra do Iraque, com a retirada das tropas norte-americanas e da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan) até o fim deste mês, a batalha pela influência sobre o país parece longe de terminar. Ao receber na Casa Branca o primeiro-ministro Nuri Al-Maliki, o presidente Barack Obama mandou um recado a "outros países" — uma menção velada ao Irã — para que "não interfiram" nos assuntos iraquianos. Os Estados Unidos lideraram a invasão do país, em março de 2003, e deram início a uma guerra que já custou US$ 805 bilhões e dezenas de milhares de vidas, tanto de militares americanos quanto de soldados e civis iraquianos. Apesar da retirada, os EUA manterão o que Obama chamou de "parceria abrangente", que envolve a permanência no Iraque de mais de 6 mil diplomatas, consultores jurídicos, militares e econômicos, entre outros. Presença que, na opinião de um especialista ouvido pelo Correio, poderá causar surpresa pela abrangência, em 2012.

A Otan confirmou que todos o seu efetivo deixará o Iraque até o próximo dia 31. A missão deveria ser prorrogada até 2013, mas a aliança tomou a decisão após saber que Bagdá não poderia garantir a imunidade jurídica de seus soldados — eles deveriam ser submetidos às leis iraquianas em eventuais julgamentos. A informação foi antecipada no domingo pelo conselheiro iraquiano de Segurança Nacional, Fala Al-Fayad. O motivo foi o mesmo pelo qual os EUA desistiram, em outubro, de manter um contingente militar residual.

Entre os funcionários norte-americanos, cresce o temor de que a relação entre Irã e Iraque, ambos países muçulmanos de maioria xiita, se estreite ainda mais após a saída dos militares ocidentais. Em novembro, uma reportagem da rede britânica BBC apontou que a influência de Teerã foi o principal motivo para que o governo iraquiano não fechasse um acordo para prorrogar a permanência das tropas americanas.

Na opinião do especialista Brian Katulis, do Center for American Progress (Washington), a disputa com o regime islâmico é hoje o tema central nas relações dos EUA com o Iraque. Apesar da saída das tropas, um grande número de militares continuará em missões de cooperação na área de segurança. Além do exército, também empresas privadas do setor, contratadas pelo governo norte-americano, continuarão a prestar serviços no Iraque. "As pessoas poderão ficar surpresas com o grande número de militares dando suporte nos programas de segurança no Iraque", disse o estudioso. "Especialmente porque foram gastos bilhões de dólares em armamento para o governo iraquiano."

Segundo Katulis, o Iraque tem pela frente um grande desafio no que diz respeito a garantir a própria segurança. Um dos setores mais afetados é a aviação, completamente destruída na guerra. Não por acaso, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Tommy Vietor, anunciou que seu governo sinalizou ao Congresso a intenção de vender ao Iraque mais 18 caças F-16.

No encontro com Maliki, Obama afirmou que seu governo se manterá ao lado do Iraque. "Ao encerrar essa guerra, e quando o Iraque enfrentar o futuro, o povo iraquiano deve saber que não estará sozinho. Terá um parceiro forte e duradouro nos EUA", afirmou. "Nossos soldados sairão com honra e de cabeça erguida." Maliki agradeceu a Washington por continuar dando assistência à reconstrução do Iraque e fez coro sobre a aliança. "O relacionamento entre nossos países não terminará com a saída do último soldado americano", prometeu o premiê.


Blackwater volta a mudar de nome


A empresa de segurança norte-americana conhecida como Blackwater, da qual o governo do Iraque suspendeu a permissão para operar depois de uma matança em 2007, mudou de nome pela segunda vez. O USTC Holdings, grupo de investimentos que há um ano adquiriu a Xe Services, segundo nome da Blackwater, anunciou ontem que a empresa foi rebatizada como Academi. A Blackwater ganhou o nome de Xe logo depois de o governo de Bagdá retirar, em janeiro de 2009, sua licença para operar no país. O motivo foi o assassinato de 14 civis iraquianos, em setembro de 2007, por guardas da empresa que protegiam um comboio americano.


ASSISTA VÍDEOS RELACIONADOS À EMPRESA BLACKWATER: (ACADEMI)














VEJA ASSUNTOS RELACIONADOS À COMPANHIA BLACKWATER:

Blackwater - Academi

Logotipo


Academi [ 2 ] - anteriormente conhecida como Xe Services LLC , EUA Blackwater e Blackwater Worldwide - é uma companhia militar privada fundada em 1997 por Erik Prince e Al Clark . [ 3 ] [ 4 ] Academi é atualmente o maior do Estado dos EUA Departamento ' s três empreiteiros privados de segurança.Academi prestou serviços de segurança diplomática no Iraque para o governo federal dos Estados Unidos numa base contratual. [ 1 ] Academi também tem uma asa de pesquisa e desenvolvimento que foi responsável pelo desenvolvimento do APC Grizzly juntamente com outras tecnologias militares. Sede da empresa está localizada em Arlington, VA. [ 5 ]



A administração Obama Academi concedido um contrato $ 250 milhões a trabalhar para o Departamento de Estado dos EUA e da Agência Central de Inteligência no Afeganistão. [ 6 ]

História Corporativa


Blackwater EUA foi formado em 1997, por Erik Prince na Carolina do Norte, para dar suporte de treinamento para militares e organizações de aplicação da lei.Ao explicar o propósito da Blackwater, o príncipe afirmou que''Nós estamos tentando fazer para o aparato de segurança nacional o que fez FedEx para o Serviço Postal.'' [ 7 ] Depois de servir SEAL e equipes da SWAT, EUA Blackwater recebeu seu contrato após o primeiro governo atentado contra o USS Cole ao largo da costa do Iêmen, em outubro de 2000. Depois de vencer a licitação para o contrato, a Blackwater foi capaz de treinar mais de 100.000 marinheiros em segurança. [ 8 ] (wikipedia)


VEJA AINDA:


BLACKWATER - ACADEMI










A Blackwater foi fundada em 1996 pelo cristão conservador e multimilionário ex-SEAL (Forças de elite da marinha norte-americana) Erik Prince – descendente de uma família rica de Michigan cujas generosas doações políticas ajudaram ao auge da direita religiosa e à revolução republicana de 1994. No momento de sua fundação, a empresa consistia essencialmente na fortuna privada de Prince e numa vasta propriedade de 5.000 acres [2.000 hectares] situada perto do Great Dismal Swamp en Moyock, Carolina do Norte. A sua visão foi "satisfazer antecipadamente a procura do governo por subcontratação de armamento e formação militar". Nos anos seguintes, Prince, a sua família e os seus aliados políticos encheram de dinheiro os cofres das campanhas republicanas, apoiando a tomada de controlo do Congresso e a ascensão de George W. Bush à presidência. 



[Imagem: blackwater.jpg]
Embora a Blackwater obtivesse alguns contratos durante a era Clinton, que era favorável à privatização destes serviços, foi no entanto com a "guerra contra o terrorismo" que chegou o momento de glória da empresa. Quase do dia para a noite, depois do 11/Set, a empresa transformou-se no ator chave da guerra global. "Estou no negócio de formação militar desde há quatro anos e só agora comecei a ter uma pequena noção de quão seriamente as pessoas encaram os assuntos de segurança", disse Prince ao apresentador do noticiário da FOX, Bill O'Reilly pouco depois do 11/Set. "Agora o telefone não pára de tocar". 

De todas estas chamadas, uma era da CIA que acabou por contratar a Blackwater para trabalhar no Afeganistão nas operações iniciais norte-americanas nesse país. Nos anos seguintes a empresa converteu-se num dos grandes beneficiários da "guerra contra o terrorismo", ganhando quase mil milhões de dólares em contratos, que se conheçam, com o governo, muitos deles sem concurso público. Em apenas uma década, Prince ampliou as instalações de Moyock para 7.000 acres [2833 há], fazendo dessas instalações a maior base militar privada do mundo. A Blackwater tem neste momento 2.300 pessoas repartidas por nove países, e mais 20 mil prontos para entrar em ação. Possui uma frota de mais de vinte aeronaves, incluindo helicópteros de combate, e uma divisão de inteligência própria, e está a construir aeronaves de reconhecimento e sistemas de sinalização de alvos. 

Em 2005, e depois do furacão Katrina, a suas forças deslocaram-se para Nova Orleans cobrando ao governo federal 950 dólares por homem e por dia – chegando a atingir mais de 240 mil dólares por dia. No seu auge, a empresa chegou a ter cerca de 600 contratados distribuídos desde o Texas até ao Mississipi. Desde o Katrina que a Blackwater tem desenvolvido uma atitude agressiva na obtenção de contratos internos, abrindo uma nova divisão de operações nacionais. A Blackwater está a promover os seus produtos e serviços junto ao Departamento de Segurança Interna(Department of Homeland Security ), e os seus representantes reuniram-se já com o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger. A empresa solicitou a obtenção de licenças para operar em todos os estados costeiros norte-americanos, e está também a ampliar a sua presença no interior dos EUA com a abertura de novas instalações em Illinois e na Califórnia. 

A Blackwater obteve o seu maior contrato do Departamento de Estado, que consistiu no fornecimento da segurança dos diplomatas e das instalações norte-americanas no Iraque. Esse contrato teve início em 2003, com um acordo fora de concurso de 21 milhões de dólares, para proteção do pro-cônsul no Iraque, Paul Bremer. A Blackwater também forneceu a segurança dos embaixadores seguintes no Iraque, John Negroponte e Zalmay Khalilzad, assim como de outros diplomatas e funcionários do país ocupante. As suas forças protegeram mais de 90 delegações do Congresso no Iraque, incluindo a da sua actual presidente, Nancy Pelosi. De acordo com os últimos registros governamentais, a Blackwater facturou, desde Junho de 2004, 750 milhões de dólares só em contratos com o Departamento de Estado. Atualmente encontra-se envolvida numa intensa campanha de lobbying para que seja enviada a Darfur como força de paz privada. Em Outubro último, o presidente Bush levantou algumas sanções ao sul cristão do Sudão, preparando assim o terreno para uma potencial missão de paz a desenvolver nessa zona pelas forças militares da Blackwater. Em Janeiro o representante do governo regional do sul do Sudão, em Washington, disse esperar que em breve a Blackwater iniciasse a formação das forças de segurança sulistas daquele país. 

A Blackwater contratou desde o 11/Set, como executivos seniores, alguns altos funcionários possuidores de bons contactos na administração Bush. Entre eles encontra-se J. Cofer Black, antigo chefe do contra-terrorismo da CIA e o homem que levou a cabo a caça a Osama Bin Laden depois do 11/Set, e ainda Joseph Schmitz, antigo Inspector Geral do Pentágono, responsável pelos acordos com as empresas privadas de segurança, entre eles a Blackwater, durante a maior parte da "guerra contra o terrorismo" – algo de que foi acusado de o não ter feito eficazmente. Já no final da gestão de Schmitz no Pentágono, o poderoso senador republicano Charles Grassley lançou uma investigação do Congresso para averiguar se Schmitz tinha "abafado ou redirecionado duas investigações criminais em curso" sobre altos cargos da administração Bush. Vendo-se debaixo de fogo cruzado de ambos os partidos, Schmitz demitiu-se e entrou na Blackwater. 

Apesar de ter desempenhado um papel central, a Blackwater esteve, de uma forma geral, a operar na sombra até 31 de Março de 2004, precisamente quando quatro dos seus soldados privados, em ação no Iraque, foram emboscados e mortos na cidade de Faluja. Os cadáveres foram queimados por uma multidão que os arrastou pelas ruas, pendurando dois deles numa ponte sobre o Eufrates. Este foi o momento que, sob muitos aspectos, alterou o rumo da guerra no Iraque. Alguns dias após estes acontecimentos, as tropas norte-americanas assaltaram Faluja, matando centenas de pessoas e deslocando milhares, exacerbando assim a feroz resistência iraquiana que assombra as forças de ocupação até aos dias de hoje. Para muitos americanos esta foi a primeira vez que ouviram falar dos soldados privados. "As pessoas começam a perceber que se tratava de um fenómeno alargado", comentou o congressista David Price, um democrata de Carolina do Norte, que disse ter começado a seguir o rasto das contratadas privadas depois dos acontecimentos de Faluja. "Provavelmente sou como a maioria dos membros do Congresso que apenas começaram a ter consciência e interesse por este assunto" após este incidente. 

O que não é do conhecimento geral é que, depois dos acontecimentos de Faluja, os executivos da Blackwater puseram mãos à obra em Washington, no sentido de capitalizar o recente reconhecimento da sua empresa. Um dia após a emboscada, esses executivos contrataram a Alexander Strategy Group, uma empresa de lobbying dirigida por altos funcionários do então líder da maioria republicana Tom DeLay, antes do desmembrar desta empresa no auge do escândalo de Jack Abramoff. Uma semana após a emboscada, Erik Prince sentava-se com pelo menos quatro membros do Comité do Senado para os Serviços Armados (Senate Armed Services Committe), entre os quais se encontrava o presidente desta comissão, John Warner. O senador Rick Santorum preparou o encontro em que, para além de Warner, participavam também outros dois importantes senadores republicanos – o presidente da Comissão Orçamental (Appropriations Committee) Ted Stevens, do Alasca, e George Allen de Virgínia. Esta reunião surgiu após uma série de anteriores contactos frente a frente que Prince promoveu com poderosos representantes republicanos que tinham estado na supervisão dos contratos militares, entre os quais DeLay; Porter Gross, presidente da Comissão da Inteligência da Câmara (House Intelligence Committee) e futuro diretor da CIA; Duncan Hunter, presidente da Comissão da Câmara para os Serviços Armados(House Armed Services Committee); e Bill Young, presidente da Comissão Orçamental da Câmara (House Appropriations Committee). O que se discutiu nessas reuniões permanece secreto, mas a Blackwater estava claramente a posicionar-se a fim de obter o máximo da sua nova fama. De fato, dois meses depois destes contatos, a Blackwater obteve do governo um dos maiores contratos de segurança internacional, avaliado em mais de 300 milhões de dólares. 

Além disso, a empresa estava igualmente muito interessada em ter um papel determinante na configuração das regras que iriam regular os mercenários contratados pelos EUA. "Devido aos acontecimentos públicos de 31 de Março, a necessidade da Blackwater de ter alguma visibilidade e de transmitir uma mensagem consistente aqui em Washington, aumentou", comentou o novo enviado da Blackwater, Chris Bertelli. "Existem agora vários regulamentos federais que se aplicam às suas atividades, embora sejam de natureza muito geral. Falta criar um modelo padrão para este sector, e é precisamente nisto que na realidade queremos participar". No mês de Maio seguinte, a Blackwater liderava já um grande esforço de pressão política da indústria militar privada para conseguir travar as iniciativas do Congresso e do Pentágono que visavam colocar as suas forças sob a lei marcial do sistema judicial militar. 

Mas enquanto a Blackwater gozava do seu novo estatuto de herói na "guerra contra o terrorismo", tanto na administração de Bush como no Congresso controlado pelos republicanos, as famílias dos quatro homens mortos em Faluja afirmavam que estavam a ser impedidas pela Blackwater de tentar esclarecer as circunstancias em que morreram os seus familiares. Depois do que descreveram como sendo meses de esforços para receber uma resposta directa da empresa, em Janeiro de 2005, as famílias apresentaram uma denuncia por "morte injustificada" contra a Blackwater, acusando a empresa de não fornecer aos seus homens aquilo que diziam ser "condições de segurança contratuais". Do conjunto das acusações afirmava-se que naquele dia a empresa enviou-os numa missão a Faluja com menos dois homens, com pior armamento do que deviam ter, e em jeeps Pajero ao invés de veículos blindados. Este caso poderá ter amplas repercussões pelo que está a ser seguido de perto pelo sector das empresas contratadas de guerra – uma antiga subsidiária de Halliburton, a KBR, apresentou inclusivamente um " amicus brief " (uma alegação a favor de uma das partes) apoiando a Blackwater. Se a acusação tiver êxito, poderá abrir caminho a um cenário equivalente ao das denúncias sobre a indústria tabaqueira, em que as empresas contratadas de guerra ficarão sujeitas a acusações judiciais dos seus trabalhadores feridos ou mortos em zonas de guerra. 

À medida que o caso se foi desenvolvendo judicialmente, a Blackwater contratou advogados da elite republicana para a sua defesa, entre os quais Fred Fielding que recentemente foi nomeado por Bush como conselheiro da Casa Branca (substituindo Harriet Miers), e Kenneth Starr, antigo auditor geral da Whitewater que investigou o presidente Clinton e atual advogado dessa empresa. A Blackwater não recusou formalmente as denúncias específicas da acusação, mas o que se depreende da posição expressa pela defesa é o recurso a um conjunto de argumentos legais, estruturados no sentido de reforçar aquilo que sustenta a Blackwater e que é, essencialmente, estar acima da lei. A Blackwater afirma que se os tribunais norte-americanos permitirem que a empresa seja acusada por "morte injustificada", isso poderia pôr em perigo a capacidade de combate da nação: "nada poderia ser mais nocivo para o conceito de Força Total, subjacente à doutrina militar dos EUA, do que expor os seus componentes privados aos sistemas de sancionamento de responsabilidades de cinquenta estados diferentes, a serem aplicados em campos de batalha no estrangeiro", argumentava a empresa nos seus documentos legais. Em Fevereiro a Blackwater sofreu uma importante derrota quando o Tribunal Supremo recusou a sua apelação para julgar o caso Faluja, deixando livre o caminho para um processo estatal – onde será mais difícil encobrir aos jurados os danos da sua atividade. 

O Congresso começou a mostrar interesse por este caso potencialmente desestabilizador. A 7 de Fevereiro o deputado Henry Waxman presidiu às audiências da Comissão de Supervisão das Reformas do Governo (Oversight and Government Reform Committee). Se bem que as audiências estivessem previstas para tratar da dependência dos EUA de empresas privadas de segurança, acabaram por se centrar quase exclusivamente na Blackwater e no incidente de Faluja. Pela primeira vez, a Blackwater viu-se obrigada a enfrentar as famílias dos homens mortos em Faluja. "As contratadas privadas como a Blackwater trabalham fora do alcance da cadeia hierárquica militar e podem fazer literalmente o que lhes apetecer sem que lhes seja atribuída qualquer responsabilidade ou que tenham de prestar contas ao governo norte-americano", disse à comissão Katy Helvenston, mãe de Scott, um dos contratados da Blackwater assassinados. "Deste modo, a Blackwater pode continuar a obter do governo centenas de milhões de dólares pagos pelos contribuintes sem se sentir obrigada a responder sequer a uma única pergunta sobre os operadores de segurança". 

Refugiando-se no processo em curso, o conselheiro geral da Blackwater, Andrew Howell, declinou responder à maioria das acusações imputadas à sua empresa pelas famílias, e pediu várias vezes que a comissão desenvolvesse os trabalhos à porta fechada. "Todos os homens da missão de 31 de Março tinha armamento e munições suficientes", disse Howell perante a comissão, acrescentando que os seus homens usavam veículos "apropriados". Isto foi vigorosamente questionado pelas famílias dos quatro homens, que argumentaram por sua vez que a Blackwater não lhes facultou veículos blindados para economizar um milhão e meio de dólares. "A partir do momento em que os homens assinaram contrato com a Blackwater e foram enviados para o Médio Oriente, a Blackwater tratou-os como se fossem bens descartáveis", disse Helvenston aos deputados da comissão durante o seu emocionado testemunho em representação das quatro famílias. 

O que colocou este caso sob a mira de Waxman foi a teia dos subcontratos que estão na base da missão de Faluja. Desde Novembro de 2004 que Waxman esteve a averiguar para quem estavam realmente a trabalhar os homens da Blackwater no dia da emboscada. "Durante quase dezoito meses, o Departamento de Defesa não respondeu à minha solicitação de informação", comentou Waxman. "Quando no passado mês de Julho finalmente respondeu, nem sequer me proporcionou os dados que pedi. Na verdade, negou que as empresas privadas de segurança desenvolvessem qualquer trabalho no âmbito do programa de contratações do Pentágono. Agora sabemos que não é verdade". A luta de Waxman para seguir o rasto do dinheiro deste contrato em concreto, que implica poderosas contratadas como a KBR, ilustra bem o secretismo que envolve a própria natureza da indústria das contratadas de guerra. 

O que não oferece dúvidas no incidente de Faluja é que a Blackwater estava a trabalhar para uma empresa kuwaitiana chamada Regency, sob um contrato com a maior empresa de serviços de alimentação do mundo, Eurest Support Services. No Iraque a ESS é uma subcontratada da KBR e de outra enorme empresa contratada de guerra, a Fluor, sob o programa de contratos da LOGCAP do Pentágono. Um contrato que suportava a missão da Blackwater em Faluja revelava que essa missão era um subcontrato que tinha como contratada original a KBR. No verão passado a KBR negou isso. Depois a ESS escreveu a Waxman para dizer que a missão estava suportada pelo contrato da Fluor com a ESS. A Fluor negou, e o Pentágono disse a Waxman que não sabia a que empresa, afinal de contas, pertencia a missão. Waxman afirmava que a Blackwater e as outras subcontratadas estavam "a acrescentar margens significativas" aos seus subcontratos pelos mesmos serviços de segurança e que portanto, segundo ele, eram cobradas aos contribuintes norte-americanos. "É surpreendente como é tão turvo o mundo das contratadas e subcontratadas, não permitindo que cheguemos ao fundo deste assunto, e muito menos que possamos calcular os milhões de dólares perdidos pelos contribuintes em cada fase do processo de subcontratação", comentou Waxman. 

Apesar de parecer, durante quase toda a audiência de 7 de Fevereiro, que a origem do contrato continuava por esclarecer, no final da audiência a situação veio a mudar quando o Pentágono revelou que a empresa contratada original era de fato a KBR. Violando as diretrizes militares, que são contrárias à prática dos contratantes da LOGCAP que usam as forças de segurança privadas em lugar de tropas norte-americanas, a KBR tinha afinal subcontratado aquela missão à ESS com a proteção da Blackwater; esses custos foram supostamente suportados pelos contribuintes pela quantia de 19,6 milhões de dólares. A Blackwater disse que faturou à ESS 2,3 milhões de dólares pelos seus serviços, o que significa que uma margem de mais de 17 milhões de dólares foi no final acrescida nos valores apresentados ao governo. Três semanas depois da audiência, a KBR disse aos seus acionistas que poderia ser obrigada a devolver até 400 milhões de dólares ao governo como consequência de uma investigação em curso no exército. 

Waxman esperou mais de dois anos para obter a resposta a uma pergunta simples: os contribuintes estavam a pagar os serviços de quem? Mas, como se pode concluir do incidente de Faluja, a questão não envolvia apenas dinheiro. Envolvia também vidas humanas. Um homicídio na noite de Natal 

Ainda que muita da publicidade conseguida pela Blackwater se deva ao incidente de Faluja, outro incidente mais recente está a atrair de novo as atenções gerais. Na noite de Natal e no interior da altamente fortificada Zona Verde em Bagdade, um contratado americano da Blackwater, supostamente, disparou e matou um guarda-costas iraquiano que se encontrava em serviço de proteção a um alto funcionário iraquiano. Após o tiroteio e durante várias semanas, circularam na Internet relatórios não confirmados sugerindo que o álcool estava na origem do incidente e que a vítima fora baleada dez vezes no peito. A história logo se complicou com o desaparecimento do contratado do Iraque antes que pudesse ser processado. As investigações dos meios de comunicação não chegaram a qualquer conclusão – a embaixada norte-americana negou-se a confirmar se se tratava de um contratado da Blackwater, e a empresa recusou fazer qualquer comentário. 

O incidente chegou então à audiência de 7 de Fevereiro do Congresso. Quando a sessão estava prestes a terminar, o congressista Kucinich irrompeu de novo na sala com o que disse ser a sua última pergunta. Introduziu uma notícia sobre este incidente na acta e perguntou ao advogado da Blackwater, Howell, se a empresa tinha retirado o contratado do Iraque depois do suposto tiroteio. "Esse senhor, no dia em que se deu o incidente, não estava em serviço", disse Howell, naquilo que foi a primeira confirmação oficial do incidente por parte da Blackwater. "A Blackwater transportou-o de regresso aos EUA". 

"Ele vai ser extraditado para o Iraque por homicídio? E se não, porquê?" perguntou Kucinich. 

"Sr congressista, eu não faço cumprir a lei. Tudo o que posso dizer é que está a decorrer um investigação. Estamos a dar toda a cooperação e todo o apoio a essa investigação" respondeu Howell. 

Então Kucinich disse: "Quero apenas manifestar que existem dúvidas que poderiam de fato trazer os responsáveis da Blackwater aqui por terem fretado um voo que permitiu a alguém que cometeu um homicídio fugir à justiça ". 

A guerra em Capitol Hill 

O Congresso está a estudar várias propostas de lei no sentido de aumentar a supervisão e a transparência das forças privadas que se posicionaram como atores principais nas guerras do período pós 11/Set. Em meados de Fevereiro os senadores Byron Dorgan, Patrick Leahy e John Kerry, propuseram legislação destinada a atacar energicamente os contratos adjudicados sem concurso prévio ou por "amizades", prevendo penas até vinte anos de prisão e multas até um milhão de dólares, com o objectivo de perseguir a actividade que classificam de "lucrar com a guerra". Estas acções fazem parte daquilo a que os democratas descrevem como uma estratégia multi-facetada. "Creio que existe agora massa crítica entre aqueles que no Congresso estão a estudar este tema", afirmou o congressista Price, representante do estado originário da Blackwater. Em Janeiro, Price propôs legislação que ampliava a Lei sobre a Jurisdição Militar Extraterritorial (Militar Extraterritorial Jurisdiction Act de 2000), conhecida como MEJA, no sentido de nela incluir todos os contratados em zona de guerra, e não apenas aqueles que trabalham com, ou para, as forças armadas. A maior parte do trabalho da Blackwater no Iraque, por exemplo, é devido a contratos do Departamento de Estado. Price considerou que o suposto tiroteio da noite de Natal poderia ser um dos casos teste da sua legislação. "Vou seguir de perto este assunto e solicitarei uma investigação completa", disse. 

Mas existe pelo menos uma razão para se ser cauteloso nesta abordagem: é que o gabinete de Price consultou o lobby militar privado enquanto se preparava a nova legislação, a qual tem o apoio do dito sector. Talvez seja por isso que a MEJA, em grande parte, não tenha sido implementada. "Inclusivamente nas situações em que as leis civis americanas poderiam potencialmente ser aplicadas aos crimes dos contratados, ela não as aplica", observa P.W. Singer, um dos principais investigadores sobre as contratadas. Se os promotores públicos americanos já não possuem recursos suficientes para os seus próprios distritos, como se pode esperar que conduzam complexas investigações no Iraque? Quem protegerá esses promotores e investigadores? Como irão entrevistar as vítimas iraquianas? Como irão poder controlar 100 mil indivíduos espalhados numa ampla e perigosa zona de guerra? "É realmente uma boa pergunta", concorda Price. "Não digo que vá ser uma tarefa simples". O que Price sustenta é que a sua legislação tem a intenção de "colocar todo o conjunto de negócios das empresas privadas de segurança sob um novo equilíbrio de responsabilidades". 

No passado Outono e mudando totalmente de rumo – para grande desespero e consternação do sector empresas privadas de segurança – o senador republicano Lindsey Graham, um advogado e antigo juiz da Força Aérea na reserva, alterou discretamente o texto da Defense Authorizationde 2007, que Bush veio a assinar como lei, colocando todos os contratados sob o Código Uniforme de Justiça Militar (Uniform Code of Military Justice, UCJM) conhecido vulgarmente como o sistema de justiça marcial. Graham implementou a mudança sem debate público e sem que quase ninguém no Congresso estivesse ao corrente deste assunto, de tal modo que as empresas privadas de segurança questionaram imediatamente a sua constitucionalidade. De facto, este poderia ser um daqueles raros episódios em que mercenários e defensores dos direitos civis estão do mesmo lado da barricada. Muitos dos contratados não são combatentes armados, trabalhando no sector alimentar, na lavandaria e noutros serviços de apoio. Apesar de se poder argumentar que os contratados armados, como os que trabalham para a Blackwater, deveriam estar sob o UCJM, as mudanças introduzidas por Graham poderiam levar a que um lavador de pratos do Nepal que trabalha para a KBR pudesse ser processado da mesma forma que um soldado americano. E a agravante é que, para além disto tudo, os militares já têm problemas bastantes com a gestão das suas forças, pelo que dificilmente se poderá esperar que venham a controlar também um corpo de pessoal privado de 100 mil novos integrantes. Além disso, muitos são os contratados no Iraque que estão ali sob os auspícios do Departamento de Estado e de outras agências civis, isto é, instituições não militares. 

Com a intenção de clarificar estes assuntos, o senador Barack Obama apresentou em Fevereiro uma nova e ampla legislação, onde se exigem regras claras para que os contratados armados possam entrar em combate, alargando o âmbito do MEJA e permitindo ao Departamento de Defesa "prender e deter" os contratados suspeitos de algum crime com o objectivo de os colocar à disposição das autoridades civis para dar seguimento ao processo de acusação. Também requer ao Departamento de Justiça a elaboração de um relatório completo das investigações em curso sobre os abusos dos contratados, do número de queixas recebidas sobre os contratados e dos casos criminais abertos. Em declarações a The Nation,Obama disse que empresas privadas de segurança estão "a operar sob directrizes de autoridade pouco claras, com custos fora do controlo, e virtualmente, sem supervisão do Congresso. Este buraco negro de responsabilidades aumenta o perigo para as nossas tropas e para os civis americanos que trabalham como contratados". Disse que a sua legislação "restabeleceria o controlo destas empresas" e "poria os contratados sob o primado da lei". 

O congressista democrata Jan Schakowsky, membro da Comissão de Inteligência da Câmara, foi um dos pioneiros a criticar o sistema de contratações na guerra. A sua Lei para a Clarificação dos Contratos no Iraque e Afeganistão (Iraq and Afghanistan Contractor Sunshine Act ), apresentada em Fevereiro e que reforça a legislação de Obama, reduz-se no que Schakowsky considera ser uma tarefa exaustiva de procura de evidencias na opaca burocracia dos contratos. Entre outras disposições, exige ao governo que identifique e faça publico: o número de contratados e subcontratados (a todos os níveis) que estão a trabalhar no Iraque e Afeganistão; as leis norte-americanas, internacionais e dos países onde eles operem, que tenham sido violadas pelos contratados; as acções disciplinares que tenham sido movidas contra os contratados; e o número total de contratados mortos ou feridos. Schakowsky afirma que durante os últimos anos tentou insistentemente obter essa informação e foi repetidamente dificultado ou ignorado. "Estamos a falar de milhares e milhares de milhões de dólares – algumas estimativas indicam que quarenta por cento dos gastos com a ocupação vai parar às mãos das contratadas e, apesar de disso, não pudemos obter qualquer informação sobre baixas, sobre mortes" disse Schakowsky. "Foi virtualmente impossível aclarar este aspecto da guerra, de modo que quando abordamos temas sobre a guerra, tais como a sua extensão, os seus custos, os seus riscos, não temos tido em linha de conta a questão das empresas privadas de segurança. Não sabemos quase nada de toda esta força na sombra que tem estado a operar no Iraque. Penso que o povo americano está muito distante do que realmente se passa nesta guerra". 

Embora não exista um número exacto para a totalidade de baixas entre os contratados, foram no entanto confirmados pelo Departamento de Trabalho 770 mortos e 7.761 feridos no Iraque até 31 de Dezembro de 2006. Porém, este valor contabiliza tão só os contratados cujas famílias solicitaram indemnizações a coberto do seguro da Lei Base da Defesa (Defence Base Act), pois analistas independentes sustentam que o valor pode ser muito superior. Só a Blackwater perdeu no mínimo vinte e sete homens no Iraque. E para além deste aspecto existe o custo financeiro: quase quatro mil milhões de dólares dos contribuintes foram gastos em forças de segurança privadas no Iraque, segundo Waxman. Ainda assim, mesmo com todas estas forças adicionais, os militares encontram-se em dificuldades para satisfazer as pretensões de uma Casa Branca empenhada no aventureirismo militar. 

Uma semana depois de Rumsfeld deixar o Pentágono, e porque as forças norte-americanas haviam sido levadas ao limite pela "guerra ao terrori", o anterior secretario de Estado Colin Powell, foi levado a afirmar que "as forças armadas no ativo estão prestes a desmoronarem-se". Em lugar de repensar a sua política externa, a administração dos EUA opta por uma fuga para a frente com planos de uma nova "onda" de tropas no Iraque, assim como de um plano para reforço das forças armadas com a utilização de um Corpo Civil de Reserva apresentado em Janeiro por Bush no seu discurso do estado da nação. "Este corpo funcionaria de forma idêntica à nossa reserva militar. Reduziria a carga das forças armadas ao permitir contratar civis com conhecimentos adequados para servir em missões no estrangeiro sempre que os EUA necessitem desses civis", disse Bush. Parecia que o presidente estava apenas a dar um novo e complicado nome para o que já tinha sido feito com a sua "revolução" nos assuntos militares e com a dependência sem precedentes dos EUA de empresas privadas de segurança. E no entanto, enquanto a proposta de Bush para a ampliação de tropas provocou um feroz combate político no Congresso e entre o público em geral, a crescente dependência da administração dos EUA de empresas privadas de segurança, ficou praticamente sem ser debatida e foi muito pouco difundida. 

"O uso crescente de contratados, forças privadas ou, como alguns diriam, de mercenários, torna as guerras mais fáceis de iniciar e de combater – apenas é necessário dinheiro, e dispensa a cidadania", disse Michael Ratner, presidente do Centro para os Direitos Constitucionais (Center for Constitutional Rights) que processou empresas privadas de segurança por supostos abusos no Iraque. "Quando se pede a um povo que vá para a guerra, surge sempre uma certa resistência, e que é indispensável para impedir guerras de auto-engrandecimento, guerras estúpidas e, no caso dos EUA, guerras pela hegemonia imperialista. As forças privadas são quase uma necessidade para uns EUA desejosos de evitar o declínio do seu império". 

Enquanto se fala de um Corpo Civil de Reserva e a Blackwater promove a ideia de uma "brigada de contratados" privada que trabalharia com o exército, os críticos da guerra no Congresso estão a voltar a sua atenção para o que consideram uma não debatida escalada contínua do uso de forças privadas. "Uma nova onda implica um aumento para o qual haverá limites" disse Schakowsky. "Ter um terço ou um quarto do total das forças presentes no terreno, sem que isso tenha sido alvo de debate, é algo muito perigoso para a nossa democracia, porque a guerra é a coisa mais crítica que estamos a fazer". 

O que está a acontecer é que as mortes dos contratados não estão a ser consideradas no total de mortes de norte-americanos, nem os seus crimes e violações são documentados, ficando por isso impunes, e ainda por cima estão a esconder os verdadeiros custos da guerra. "Quando são utilizados contratados aos quais não se aplica a lei, a Convenção de Genebra, as noções comuns de moralidade, tudo isso é atirado pela janela fora" disse Kucinich. "O que isto significa é que esses contratados privados são na realidade um dos braços executores da administração dos EUA e das suas políticas". 

Kucinich afirma que pretende investigar até que ponto as forças privadas estão envolvidas naquilo que é chamado de "Black bag", "false flag", ou operações encobertas no Iraque. "Mas qual é a diferença entre as operações encobertas e as chamadas operações abertas sobre as quais não se tem qualquer informação? Nenhuma". Kucinich também insiste em que os problemas com as contratadas não são apenas de transparência e supervisão. "Trata-se da privatização da guerra", disse. A administração dos EUA está "a ligar os lucros dos empreiteiros privados da segurança com a feitura da guerra. Assim, estamos a dar incentivos para os empreiteiros fazerem lobby junto à administração e o Congresso a fim de criar mais oportunidades de lucros, e tais oportunidades significam mais guerra. É por isto que o papel das empresas privadas de segurança deveria ser drasticamente limitado pelo Congresso".

[*] Jornalista independente, colaborador de Democracy Now ! . Cobriu o Iraque e a Jugoslávia. O presente texto é um excerto do seu livro "Blackwater: A ascensão do exercito mercenário mais poderoso do mundo" (Blackwater: The Rise of the World's Most Powerful Mercenary Army) . 

O original encontra-se em http://www.alternet.org/story/49307/ . Tradução de MJS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"O que me preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons."(M.L.King)
"LIBERDADE É CONHECER AS AMARRAS QUE NOS PRENDEM"