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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

RADAR À VISTA


Editorial

 
Vai na direção correta a decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de rever a obrigatoriedade de alertas aos motoristas sobre a existência de fiscalização eletrônica em ruas, avenidas e estradas.


Desde 2006, multas por excesso de velocidade registrado por radares inostensivos eram inválidas. Na semana passada, no entanto, uma nova resolução do Contran revogou a inusitada exigência, que na prática levava muitos motoristas a respeitarem a lei apenas quando alertados sobre a iminência da fiscalização.


Se é sobretudo o temor de ser multado que leva o motorista a dirigir de maneira mais prudente, faz sentido mantê-lo na incerteza sobre onde estarão instalados os aparelhos. Potencializa-se, assim, o papel coercitivo da fiscalização eletrônica.


O excesso de velocidade, aliado ao consumo abusivo de álcool e à imprudência dos motoristas, é uma das principais causas de acidentes no Brasil. No ano passado, atingiu-se um lamentável patamar de 40 mil mortes no trânsito.


Assim como aconteceu com a Lei Seca, que levou motoristas a refletirem melhor antes de beber e dirigir, é de prever que a mudança em relação aos radares se traduza em maior atenção e respeito aos limites de velocidade.


O saldo final, espera-se, será uma queda no número de acidentes e mortes. Estudos indicam que a presença de radares fixos em rodovias contribui para redução de quase 70% dos acidentes nos locais onde são instalados.


É possível, de todo modo, tornar ainda mais eficiente o controle das infrações de trânsito com a melhoria da sinalização, uma medida relativamente barata que deveria acompanhar o uso já disseminado de radares.


É frequente, em muitas vias, a ausência de instruções adequadas sobre o limite permitido de velocidade -ou mesmo a existência de sinalização confusa, que desorienta o condutor.


A necessária fiscalização das infrações também perde legitimidade ao ser percebida apenas como uma "indústria de multas", usada para engordar o caixa dos governos.


Na cidade de São Paulo, por exemplo, a imprudência dos motoristas rendeu, em 2010, cerca de R$ 500 milhões aos cofres da prefeitura. O total cresce ano após ano, sem que tais recursos se traduzam em melhorias concretas para os condutores, como o rápido conserto de semáforos avariados, sinalização adequada, fiscais mais preparados e campanhas educativas.


A clareza da regra a ser seguida e a transparência no uso dos recursos advindos do aumento da fiscalização são as contrapartidas necessárias para a ameaça de punição aos infratores.


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